segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O céu, azul de luz quieta.




As ondas brandas a quebrar,



Na praia lúcida e completa –



Pontos de dedos a brincar.




No piano anónimo da praia



Tocam nenhuma melodia



De cujo ritmo por fim saia



Todo o sentido deste dia.



Que bom, se isto satisfizesse!



Que certo, se eu pudesse crer



Que esse mar e essas ondas e esse



Céu têm vida e têm ser.



Fernando Pessoa

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