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Todos os dias, os media divulgam os retratos da vida perfeita dos protagonistas do jet-set. As festas fabulosas, as roupas que todos nós gostaríamos de ter e não podemos comprar, a conjugação perfeita entre a beleza e a juventude.
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O norte-americano Terry Rodgers desconstrói esse mundo de luxo e prazer através de uma representação hiper-realista e dinâmica de figuras, corpos e cenários em telas de grandes dimensões.
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E se as personagens presentes nas pinturas a óleo do artista não poderiam parecer mais reais, há simultaneamente um apelo ao subconsciente que invade a sua arte: as composições de Terry Rodgers não são documentais; são antes ficções cuidadosamente construídas, em que o jogo de corpos, poses e expressões não é deixado ao acaso.
A sociedade actual é a grande protagonista dos quadros de Terry Rodgers, onde a promiscuidade emerge como tentativa desesperada - e falhada - de estabelecer contactos, relações com o mundo exterior, ilustrando a profunda solidão dos nossos tempos. Esta é uma geração vulnerável, que já não tem medo de expôr o corpo porque não sabe como expressar o seu interior.
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