TIME" (ARISTA, 2010)
O simpático Carlos Santana nunca mais largou a sua "galinha dos ovos de ouro" depois de há uma década ter deixado "meio-mundo" de boca a aberta com "Supernatural". Um disco de colaborações com os artistas da "moda" e que fez com que o seu nome fosse catapultado para uma nova geração de apreciadores dos seus solos de rock latino misturado com canções orelhudas e com objectivos claramente "ultra-comercialóides".Uma fórmula infalível de gravar discos, da qual o guitarrista de origem mexicana nunca mais se quis desfazer. Mesmo navegando a solo, como é neste "Guitar Heaven", o autor do imortal "Samba Pa Ti" não dispensa umas boas colaborações de renome. A diferença em relação aos últimos discos é que Santana agora lembrou-se de fazer um disco de versões de grandes êxitos do Rock. Um projecto com intenções felizes, mas quando se tem no mesmo disco pessoas conotadas com área do Rock (Scott Weiland ou Chris Cornell) misturadas com gente como a cantora soul India Arie e o violoncelista Yo-Yo Ma (em que assassinam por completo o "While My Guitar Weeps" dos Beatles): o "pobre" desconfia!Mas o festim de assassinato musical não se fica por aqui. A versão de "Back in Black" dos AC/DC entoada pelo rapper Nas e a cantora Pop Janelle Monáe é simplesmente uma desgraça. "Photograph" dos Def Leppard (desde quando é que Def Leppard é um clássico de todos os tempos? ...talvez um clássico de 1983) cantado pelo finalista da versão norte-americana, do "Ídolos" (Chris Daughtry) soa exactamente como se de uma prestação desse programa se tratasse. Ah e claro...não podia faltar "o delfim", o irritante Mr. Rob Thomas com uma prestação completamente de "pop de trazer por casa" a trucidar o clássico dos Cream: "Sunshine of Your Love".Quanto à inclusão de "Riders on the Storm" dos Doors, só pergunto: porquê, Ray Manzarek? Nesta versão, soa tudo muito a "cocktailzinho" de final de tarde, ou no pior dos casos a easy-listening de elevador, com o vocalista dos Linkin Park, Chester Bennington a soar completamente perdido na canção!Até vou saltar a versão de "Smoke on the Water", para não ter um ataque cardíaco! Não! Não me digam que o gajo escolheu o vocalista dos Papa Roach para emular o Ian Gillan? Que ridículo...Bom, é melhor já nem ouvir mais. Este "Guitar Heaven" é tudo menos "Céu". E tirando as primeiras faixas ("Whole Lotta of Love" e "Can You Hear Me Knocking com Cornell e Weiland) e a versão de "I Aín´t Superstitious" com Johhny Lang (a soar muito a Stevie Ray Vaughan), podemos afirmar que estamos na presença de um dos piores "sacrilégios musicais" alguma vez editados em disco! Um projecto sem eira nem beira, que até uma simples banda de covers de fim-de-semana faria muito melhor!Os restantes "Deuses do Rock" já devem andar a rogar pragas ao Santana!
TEMATICA VARIADA, COM MAIOR INCIDÊNCIA NA MUSICA GENERALISTA, E NA FOTOGRAFIA, OBVIAMENTE COMO PILAR DE ESTAS DUAS FORMAS DE ARTE, ESTARÁ A POESIA
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Carlos Santana
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