HELENA FRONTINI
Limbo
Estou dolente em compasso de espera.
Não sei se fico ou se vou mundo afora.
Há tanto a ser vivido, sentido, realizado
E eu amarrado e perplexo nesta esfera.
Numa redoma dourada que me sufoca
Ao revés de meu sonho vaticinado...
Sair significa tentar o que ficou olvidado
Abrir mão de minha comodidade certa
Deixar o itinerário tantas vezes seguido.
À procura de meu destino amortalhado
Tão desejável quanto uma porta aberta
Ao mundo que me trás escondido.
-Helena Frontini-
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