sábado, 23 de janeiro de 2010



Versos que escrevi.


Versos que escrevi na areia
Veio o vento
Soprou forte meus versos apagou.

Sentei-me na praia olhando o mar
Inspirei-me, belos versos desenhei
Veio a onda vagarosa
Para o mar os meus versos
Ela carregou.

Olhei para as nuvens
Com meu olhar
Fiz alguns versos
As nuvens se desfizeram
Os meus versos
No infinito se perderam.

Na beleza da aurora e do crepúsculo
Inspirei-me...
Fui colorindo meus versos.
Aurora e o crepúsculo acabaram
Mais os meus versos ficaram.

O que escrevi com as estrelas
Estão gravados lá no céu
Se quiser ver olhe para o céu
Lá estão eles cintilando...

Terezinha C Werson

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010





Prazeres

O primeiro olhar da janela de manhã
O velho livro de novo encontrado
Rostos animados
Neve, o mudar das estações
O jornal
O cão
A dialéctica
Tomar duche, nadar
Velha música
Sapatos cómodos
Compreender
Música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar
Ser amável.

Bertold Brecht, in 'Do Pobre B.B.'


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010







"A arte, felizmente, ainda não soube encobrir a verdade."

Oscar Wilde


"Toda a gente é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo. Ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada!".
.
Oscar Wilde

domingo, 17 de janeiro de 2010


Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.

Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.

Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?

Fernando Pessoa