sábado, 2 de abril de 2011

JAPAN 8.9

Caro Emerad

 

 

Solidão

 

Alguns misturam as queixas com profundas revoltas e até atitudes agressivas com a vida ou mesmo a Criação. A dor de cada um é muito grande. O sentimento de inadequação, baixa auto-estima e desespero, acompanham a solidão e transbordam em formas de atitudes, palavras, posturas e queixumes.

solidao triste isolado

Estava há dias a ler um artigo sobre este tema que me fez pensar como atualmente muitas pessoas reclamam em estar sós: "O que há de errado comigo que não arrumo companhia? Estou procurando há tempos alguém íntegro, de caráter, honesto e verdadeiro e veja só o que me aparece... um pior do que o outro!", reclamam os solitários.

Noto que, paralelamente a este fato, outras pessoas nunca se sentem sós. Estão sempre acompanhados; têm grande poder de atração; acabam uma relação e, no máximo em uma semana, estão com outra pessoa, nem que seja apenas sexualmente, mas, sozinhos, nunca.

Quando entro em contato com a dor que a solidão me traz é onde posso dar o primeiro passo a cura da mesma. Certamente, todos nós, em algum momento de nossas vidas, já nos sentimos solitários, com esta sensação de falta e é provável que tenhamos chorado sentindo falta de alguém ou de um amor que se foi. Isso é normal, somos humanos, mas, neste momento, me refiro "aos solitários de carteirinha", aqueles(as) que passam parte de suas vidas em amarguras, sofrimentos, tristezas, melancolias e profundas dores emocionais. Elegeram a solidão como justificativa para sua vida não andar ou não estabelecer vínculo com outras pessoas, ficam presos a determinados arquivos emocionais, e têm, nessa vida, uma ótima oportunidade de cura se assim o desejarem.

De fato, os seres humanos não nasceram para viverem sós. Nós somos seres gregários, precisamos da companhia, do carinho, da proteção, da amizade, do compartilhar. É na troca dentro das relações ou papéis que representamos, que desenvolvemos competência para interagir com cada um deles, pois na vida humana o que nos diferencia dos nossos irmãos animais são os processos de aprendizado estabelecidos na relação com seu semelhante. O pior tipo de solidão é aquela que mesmo em companhia de pessoas queridas, sentimos o vazio, a falta de alguém ou algo.

Assim, todos os solitários que sofrem por este motivo, estão cometendo um enorme equívoco: "não olhar sua relação consigo mesmos". Estão buscando fora, aquilo que deveriam buscar dentro. A experiência humana nos dá oportunidade, através do apoio do outro, de me reconhecer, aprender a ficar comigo, me acolher, me aceitar, me amar, me curtir, e ter uma qualidade de vida interior mais saudável, para me relacionar depois de ter superado as necessidade primitivas do meu nascimento e desenvolvimento, quando for um adulto que consegue assumir sua vida e sua caminhada. Solidão nada mais é que sentir falta de mim mesmo. Quem assume ficar consigo pode até sentir falta de outra pessoa, mas alcança qualidade de vida à medida que se aceita, para depois entrar numa relação afetiva pronto para trocar.

Solitários de plantão, permitam-me um dica amorosa: a solidão não existe, ela é o abandono que pratico comigo mesmo. Eu tenho em mim a dose de amor correta de tudo aquilo que necessito e se me der este amor, se entender que sou eu que curo as minhas relações e não a presença do outro, de quem ainda me mantenho dependente, em pouco tempo poderei estar inteiro para viver uma gostosa relação de amor com meu próximo.

solidao triste isolado

Budapeste de Chico Buarque

 

A adaptação cinematográfica da premiada obra de Chico Buarque “ Budapeste”, chegou recentemente às salas portuguesas. O realizador Walter Carvalho afirmou não ter sido completamente fiel à história do músico. Nós confirmamos e perguntamos: leu o livro? (já)viu o filme ou até ambos? Qualquer que seja a resposta, embarque connosco neste vaivém entre o Rio de Janeiro e Budapeste, onde José Costa ou Kosta Zsoze, escritor anónimo pago para produzir textos que outros assinam, procura um encontro com o seu verdadeiro eu.

livro filme cinema chico buarque budapeste walter carvalho

Devia ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira. Certa manhã, ao deixar o metro por engano numa estação azul igual à dela, com um nome semelhante à estação da casa dela, telefonei da rua e disse: aí estou chegando quase”.

De facto, devia mesmo ser proibido troçar de quem “mergulha” em novos universos linguísticos, para mais quando se trata, segundo as más-línguas, do único idioma que o Diabo respeita: o húngaro. José Costa, personagem principal, carioca de gema e escritor de profissão, apaixona-se por Budapeste e principalmente pelo húngaro, quando se vê obrigado a passar a noite na cidade ao regressar de um congresso em Istambul.

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Rapidamente, estes sons e novas palavras “estranhas” tornam-se numa obsessão a dominar o mais rapidamente possível. José trabalha com Álvaro numa pequena agência, onde produz e escreve textos, mas quem os assina são outros. Ghost-writer, é o seu ofício. Ele é o pensamento e a mão por detrás da cara e do sucesso de conhecidos talentos. Mas isto, que para qualquer pessoa seria motivo de embaraço e até frustração, provoca em José um sentimento de orgulho ao saber que outros “somam vitórias” com os seus escritos.

Num vaivém entre duas cidades, duas identidades, vive também entre duas mulheres: no Rio de Janeiro ama Vanda, mas (re) lembra Kriska; em Budapeste ama Kriska, mas sente saudades de Vanda.

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A obra de Chico Buarque, que venceu entre outros o Prémio Jabuti em 2004, coloca no protagonista os dilemas e as questões de quem procura encontrar-se a si mesmo. Na adaptação de Walter Carvalho, falta (quase sempre) um dos ingredientes fundamentais: emoção. O realizador, que afirmou em várias entrevistas não ter sido completamente fiel ao livro, pecou pela pouca espontaneidade transmitida pelos personagens e pela falta de ligação coerente entre várias cenas, ao mesmo tempo que captou deslumbrantes imagens de Budapeste e deu vida a uma Kriska feita à medida da nossa imaginação.

Para quem lê a obra e depois assiste ao filme, torna-se inevitável fazer comparações. A maioria acaba sempre por eleger a primeira como a melhor das duas. Mas se cortar passagens faz parte do processo natural de um guião de cinema, em “Budapeste” há pequenos grandes detalhes omitidos, que aos olhos dos mais atentos (onde me incluo, sim) são os responsáveis pela tal falta de emotividade.

José Costa, Vanda e Kriska estão em ambos e são representados por Leonardo Medeiros, Giovanna Antonelli e Gabriella Hamori. O filme não começa da mesma forma que o livro, não é referida a irmã de Vanda e Álvaro ganha um novo físico, porém estes pormenores em nada afectam a própria história. Aliás, ela está lá, só que o percurso que acompanhamos ao longo da leitura, as interrogações e questionamentos que sentimos da parte de José, não nos chegam através do grande ecrã.

Só quem leu as páginas de Chico Buarque se apercebe de que quando Álvaro contrata um novo assistente e passado algum tempo outros tantos, o estilo próprio de José deixa de o ser. Estes foram treinados para escrever da mesma forma que este escrevia, fingindo ser outro. E a partir daí, o que José dava como a única certeza em si, fica abalada.

No livro, para além de estar dividido entre o Rio de Janeiro e Budapeste, está claramente com metade do coração em Vanda e com a outra em Kriska. Até ao fim ficamos na dúvida onde terminará o protagonista. No filme, a escolha fica clara bem mais cedo: o coração de José pouco ou nada está dividido.

O mesmo se pode dizer de várias pequenas coincidências e situações deliciosas de ler, e que ficam só mesmo para os leitores.
O melhor de Budapeste? O final. Sem dúvida, um inesperado e grande desfecho. As imagens de sonho da cidade e a fantástica actuação de Kriska (Gabriella Hamori). Confesso que quando vi a actriz (e não a conhecia antes) , era exactamente como a tinha imaginado ao ler o livro. É, sem dúvida, aquela lufada de ar fresco que trouxe juntamente com Kosta Zsoze os momentos mais marcantes e também humorísticos de todo o filme.

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Poesia e Cores

June Tabor

 

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Heather down the moor - June Tabor

One morn in May when flowers were gay,
Serene and pleasant was the weather,
I spied a lass, a very bonny lass
She was sweeping the dew from among the heather
Down the moor

In among the heather,
Down the moor and through the heather
I spied a lass, a very bonny lass
She was sweeping the dew from among the heather
Down the moor

Bare footed was she, she was neatly dressed,
Neither had no hat nor feather
But a plaid wrapped neatly round her waist
As she tripped through the blooming heather
Down the moor

In among the heather,
Down the moor and through the heather
But her plaid hung/wrapped neatly round her waist
As she tripped through the blooming heather
Down the moor

I stepped up to this fair maid,
“Come tell your name, come tell me hither.”
She answered me, “Down by the bonny burn side
And I'm herding all my ewes together
Down the moor.”

In among the heather,
Down the moor and through the heather
She answered me, “Down by the bonny burn side
And I'm herding all my ewes together
Down the moor.”

I courted her that live-long day,
My heart was light as any feather,
Until the beams of the red-setting sun
Come shining down in among the heather
Down the moor

In among the heather,
Down the moor and through the heather
Until the beams of the red-setting sun
Come shining down in among the heather
Down the moor

She said “Young man, I must away,
My ewes are straying from each other
I'm as loath to part with you
As the bonnie wee lambs are to part their mother
Down the moor

In among the heather,
Down the moor and through the heather
I'm as loath to part with you
As the bonnie wee lambs are to part their mother
Down the moor”

So up she got and away she went,
Her name and place I could not gather.
But if I were a king I'd make her a queen,
The bonnie lass I met in among the heather
Down the moor

In among the heather,
Down the moor and through the heather
If I were a king I'd make her a queen,
The bonnie lass I met in among the heather
Down the moor

quarta-feira, 30 de março de 2011

Musica Portuguesa

30 Canções que Agitaram Portugal: veja aqui o top do Especial Protesto da BLITZ, já nas bancas -

Canções que Agitaram Portugal:

De José Afonso a Sérgio Godinho, passando por Da Weasel, Pedro Abrunhosa, Deolinda ou António Variações (na foto). .

artistas como Sérgio Godinho, Legendary Tigerman, Márcia, Fernando Ribeiro e Tiago Guillul, entre muitos outros,

Thiago Pethit

 

Thiago pethit - Nightwalker


Música e Letra/Song and Lyrics: Thiago Pethit e Rafael Barion


My shoes
They took me for a walk
I guess
We walked a hundred blocks
When it was time to go back
We were getting off the tracks
They said
'Just one more cigarette'
A drink or two would not be bad
My shoes
They took me to a bar
Quite soon
I said
'We're in a trap, we are'
One shot made me feel brand new
Two and all I thought was you
.
Dancing, dancing
Dreaming of a neon light
Dancing, just dancing
I've got you deep inside of my mind
.
How sad
Is a dancer on his own?
Too bad
The steps they all seem wrong
One shot just made me feel blue
Two, I'm getting through with you
One day
I hope I might be right
One night
Like any other night
Your shoes will take you for a walk
And they will lead to my door

Festivais 2011

Festivais 2011: veja aqui o cartaz dos principais festivais de verão em Portugal -

Festivais 2011: veja aqui o cartaz dos principais festivais de verão em Portugal

Encontre aqui o cartaz, em atualização, dos maiores eventos de música do verão português. Optimus Alive'11, Super Bock Super Rock, Sudoeste TMN e MV TMN (Marés Vivas), entre outros.

GSM! FEST
Termas do Eiroso, Barcelos. De 16 a 19 de junho.
Confirmados: Paradise Lost, Church of Misery, Sirenia, Eyehategod, More Than a Thousand, Mata Ratos, Meneater, W.A.K.O., Switchsense, Godog, Coldfear, Shamans of Rock
SUMOL SUMMER FEST
No Ericeira Camping, na Ericeira. Bilhetes a €35,00 (1 dia), €48,00 (2 dias sem campismo) e €58,00 (2 dias com campismo no Ericeira Camping).

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24 junho
Alborosie
Fat Freddy's Drop
Nneka
S.O.J.A.
25 junho
Donavon Frankenreiter
Anthony B
Natiruts
Richie Campbell
DELTA TEJO
No Alto da Ajuda, Lisboa. Bilhetes entre 30 euros (um dia) e 48 euros (três dias).
Palco Delta

1 de julho
Sean Paul
Yuri da Cunha
GNR & Banda Sinfónica da GNR
Nouvelle Vague
2 de julho
Nelly Furtado
Mariza
Aurea
Asa
3 de julho
Parangolé
Maria Gadú
Expensive Soul
COOL JAZZ FEST

4 de julho
Sharon Jones & the Dap Kings no Parque Marechal Carmona
7 de julho
Mayer Hawthorne no Parque Marechal Carmona
8 de julho
Céu no Parque Marechal Carmona
10 de julho
El Cigala Parque Marechal Carmona
23 de julho
Maria Schneider com a Orquestra Jazz de Matosinhos no Parque de Palmela
29 de julho
Jamie Cullum no Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais
Preço dos bilhetes aqui.

OPTIMUS ALIVE'11
Passeio Marítimo de Algés, Oeiras. Bilhetes a 50 euros (um dia), 99 euros (três dias) e 129 euros (quatro dias).

6 de julho

Palco Optimus
Coldplay
Blondie
Palco Super Bock
Patrick Wolf
Anna Calvi
Mona
Avi Buffalo
The Naked and Famous
Example
7 de julho
Palco Optimus
Foo Fighters
Iggy Pop & The Stooges
Xutos & Pontapés
Palco Super Bock
Primal Scream
Crocodiles
Everything Everything
Kele
Bloody Beetroots
Seasick Steve
8 de julho
Palco Optimus
Chemical Brothers
30 Seconds to Mars
Palco Super Bock
Grinderman
Thievery Corporation
Friendly Fires
Fleet Foxes
Digitalism
9 de julho
Palco Optimus
White Lies
Kaiser Chiefs
Palco Super Bock
TV on The Radio
Foals
Dizzee Rascal
A-Trak
Orelha Negra
Linda Martini
Wu Lyf


SUPER BOCK SUPER ROCK
Herdade do Cabeço da Flauta, Meco. Bilhetes entre 45 euros e 80 euros.

14 de julho
Palco Super Bock
The Kooks
Beirut
Arctic Monkeys
Palco EDP
Legendary Tiger Man
El Guincho
Palco @Meco
Nicolas Jaar
15 de julho
Palco Super Bock
Rodrigo Leão e Cinema Ensemble
The Gift
Portishead
Arcade Fire
Palco @Meco
Sven Vath
Chromeo
16 de julho
Palco Super Bock
Strokes
Elbow
Brandon Flowers
Palco EDP
The Vaccines
Junip
Palco @Meco
Ricardo Villalobos
MV TMN - MARÉS VIVAS
Praia do Cabedelo, Vila Nova de Gaia. Bilhetes entre 25 euros (um dia) e 50 euros (três dias). Até 14 de junho, o passe de três dias custa 45 euros.
14 de julho
Xutos & Pontapés
15 de julho
Moby
Skunk Anansie
Expensive Soul
16 de julho
Mika
Áurea
MILHÕES DE FESTA
Em Barcelos, de 22 a 24 de julho. Preços a anunciar.
Confirmados: Electrelane (24 de julho), A Long Way To Alaska, Glockenwise, Kim Ki O, Foot Village, DJ Fitz
FESTIVAL MÚSICAS DO MUNDO DE SINES
De 22 a 24 e de 27 a 30 de julho.
Desert Slide, Mamer, Ayarkhaan e Shunsuke Kimura x Etsuro Ono | António Zambujo | Ebo Taylor e Blitz The Ambassador | Congotronics vs. Rockers

SUDOESTE TMN

Zambujeira do Mar. Bilhetes entre 48 euros (um dia) e 90 euros (80 euros se comprados até 31 de março).
4 de agosto
Palco TMN
Amy Winehouse
Palco Jogos Santa Casa / Planeta Sudoeste
Andreya Triana
5 de agosto
Palco TMN
Underworld
Patrice
6 de agosto
Palco TMN
Scissor Sisters
The Script
Palco Jogos Santa Casa / Planeta Sudoeste
King Khan & The Shrines
7 de agosto
Palco TMN
Swedish House Mafia
Interpol
VAGOS OPEN AIR
Vagos (Aveiro). Entre 30 euros (um dia) e 50 euros (dois dias).
5 de agosto
Opeth
Tiamat
Anathema
Essence
Crushing Sun
Revolution Within
6 de agosto
Morbid Angel
Nevermore
Ihsahn
Kalmah
Malevolence
We Are The Damned

PAREDES DE COURA

17, 18, 19 e 20 de agosto. Sem nomes confirmados pela organização.

ENERGIE MUSIC
Vilar de Mouros
21 de agosto
Pow Pow Movement

Dave Matthews

Dave Matthews Band

Dave Matthews Band

terça-feira, 29 de março de 2011

Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo assina autógrafos

 

Cristiano Ronaldo é uma das 78 pessoas indicadas como testemunhas de Silvio Berlusconi no âmbito do processo de que está acusado (prostituição de menores). Para além do avançado português, o primeiro ministro italiano também indicou George Clooney e a sua mulher, Elisabetta Canalis.

As estrelas de televisão Belén Rodríguez e Aida Yespica são outras das testemunhas indicadas. Tal como o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Franco Frattini, e as ministras da Igualdade de Oportunidades, Mara Carfagna,e da Educação, María Stella Gelmini.

Berlusconi é acusado de ter tido relações sexuais com a marroquina Karima El Mahroug, mais conhecida como Ruby, numa altura em que esta era menor (17 anos). O jogador português também viu o seu nome envolvido, mas veio a público assegurar que não se envolveu sexualmente com a rapariga em questão.

CR7 nega acusações

'Ruby Rouba-Corações", conforme lhe chamam em Itália, alega que fez sexo com o internacional português - também quando ainda era menor - a troco de dinheiro. Segundo a jovem que fez 18 anos em Novembro de 2010, Cristiano Ronaldo passou uma noite com ela num quarto de hotel de luxo, em Milão, em Dezembro de 2009.

Ruby diz que quando acordou, depois da suposta noite de sexo, já não encontrou Ronaldo, mas 4 mil euros na mesinha de cabeceira. Cristiano Ronaldo garantiu a 21 de Fevereiro que está a ser "vítima, uma vez mais, de jornalismo lamacento e infame".

O jogador do Real Madrid nega qualquer relacionamento com Ruby, frisando que não terá "contemplações para os que envolvem o [seu] nome em histórias sórdidas, sem o mínimo respeito pela dignidade alheia e pelas regras da profissão".

Berlusconi está a ser julgado por se ter alegadamente envolvido com Ruby quando ela era menor e por supostamente ter exercido a sua influência junto das autoridades policiais para libertar a jovem, após esta ter sido detida por suspeita de furto.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Noel Gallagher

A Palavra

fedon filosofia palavra platao silencio

Dizem alguns que o silêncio é de ouro. Um homem sábio, porém, não o dirá. Pois de ouro é a palavra. De ouro e de fogo. Porque uma vez dita, ela é uma idéia forjada e duradoura, assim como as jóias, de metal, cuja forma resiste aos tempos. E de fogo, porque ela está sempre acesa, para iluminar ou para queimar. E tanto queima para destruir e reduzir a cinzas as coisas perecíveis em que toca, como para curar alguma corrupção da matéria. A palavra é, assim, um fogo, com todas as virtudes do fogo, inclusive a virtude curativa do cautério.

Creio que esse provérbio que diz o silêncio é de ouro foi inventado pelos governos despóticos. Pois a perversidade dos tiranos e a truculência dos déspotas sempre foram os maiores inimigos da palavra, e isto porque nenhuma prepotência consegue reduzir à escravidão o homem que se serve de sua palavra.

Ai da cidade em que os homens desertam o uso da palavra, acuados pelo medo, silenciados pelo egoísmo das próprias conveniências ou emasculados pela indiferença! Na cidade em que os homens se decidem a servir-se livremente da palavra, não podem medrar os déspotas. E se houverem surgido, serão derrubados e reduzidos a cinza pelo fogo da palavra dos cidadãos livres.

Já que a palavra é a arma mais poderosa de que dispõe o homem para defender-se contra a injustiça e a oposição, a mais terrível maldade que pode cometer um tirano contra seu povo é proibir-lhe o uso da palavra na ágora da cidade.

Mas se os cidadãos souberem avaliar o peso e a força da palavra, não há tirano que dela os consiga privar. Pois se um cidadão quiser, sempre poderá levantar a voz no meio do povo e clamar contra o tirano, se os soldados e fiscais do tirano o silenciarem matando-o, os outros cidadãos continuarão o clamor pelo que morreu.

O tirano atilado sabe que, numa cidade amante da liberdade, se matarem um cidadão pelo uso que ele fez da palavra, terá de matara a cidade inteira, pois a cidade inteira repetirá, dia e noite como um eco, a palavra do que morreu por utilizar-se do poder de falar. E o tirano atilado sabe que não pode matar todo o povo de uma cidade inteira, pois então ele também deixara de existir como tirano, uma vez que não terá sobre quem reinar.

E como só morto o cidadão pode ser impedido de falar, parece óbvio que só existe a tirania do despotismo naquela cidade em que o povo desertou do direito de usar a palavra. Onde houver alguém capaz de falar contra a opressão e a prepotência, o déspota será despojado de seu poder. E quando digo que só a morte pode impedir o homem de servir-se da palavra, é porque na verdade assim é. O homem arrastado ao cárcere poderá clamando pelo caminho seu protesto, contra a injustiça, pois quando chegar à porta do calabouço, seu protesto já será um coro. Ou então, quando chegar diante do juiz, sua palavra de fogo terá queimado os ouvidos do magistrado.

Se cortarem a língua de um homem, como fizeram a Karibides em Mégara, bastará que ele fique no meio da ágora, com a boca aberta e falando com os olhos e as mãos, para que os demais cidadãos traduzam em sons a palavra que está dizendo e julguem os malfeitores. Foi, de resto, o que aconteceu aos que torturaram o inocente Karibides.

Se os fiscais do tirano mandarem amarrar um pano na boca do cidadão ou meter um freio de cavalo dentro dela, prendendo-lhe a língua, poderá ele ainda ir para o meio da praça, como fizeram Magonides de Magnésia e Philautos de Queronéia: o primeiro rasgou o pano com os dentes, até poder falar, e o segundo, tratado torpemente como um cavalo, começou a dar coices para o ar, e cada coice era uma palavra, entendida pelo povo, denunciando a iniquidade do déspota.

Todos devem usar a palavra perfeitamente, para corrigir os erros do mundo. O servo deve clamar mais alto, para que os outros servos saibam que um senhor cruel está maltratando um de seus companheiros e atraia contra o injusto a autoridade dos outros senhores ou a união de todos os servos contra todos os maus senhores. Devem clamar o filósofo e o poeta, para que os apresentadores de idéias falsas e de versos descompostos não corrompam o povo inteiro com a mentira e a desarmonia. Deve falar o soldado, para corrigir os erros do capitão, quando o general não os corrige. E o capitão para corrigir os erros do estratego, quando a cidade nos os corrige. O silêncio, no caso, não seria de ouro. De ouro é a palavra corajosa, que impede a perdição da cidade, mergulhada nos próprios erros, ou desbaratada à mão dos inimigos, por falta de uma palavra. Uma palavra de ouro, que dure tanto como o ouro, e uma palavra de fogo, que alumie e queime tanto como o fogo.

Fédon, contemporâneo e companheiro de Platão, dá o nome a um dos diálogos mais importantes de Sócrates, escrito por Platão. Sabe-se que foi prisioneiro quando sua cidade foi vencida, e se viu reduzido a viver miseravelmente, preso num quarto estreito e escuro, até que Sócrates convenceu Alcibíades (ou Críton) a libertá-lo. Passou, desde então, a se dedicar inteiramente a filosofia. Segundo alguns, Fédon teria sido escravo. Escreveu vários diálogos, mas muitos deles se perderam. Alguns deles são também atribuídos a Esquines ou a Polienes, ou seja, não se sabe quem é realmente o autor de tais textos. Porém, o texto é do diálogo “Eretiriakos”, um dos apócrifos do livro de Gerhard Walterius sobre os apócrifos da Grécia.

domingo, 27 de março de 2011

Tieta do Agreste

Gal e Caetano

Acontece mesmo

Infelizmente é um fenomeno mundial, cada vez mais vinculado nas sociedades modernas ,casos que por vezes acabam mesmo mal ,relembro os tiroteios recentes nos US e no Canada de alunos vitimas de Bully (Especie de gang com necessidades de protagonismo) que acabaram em morte de alunos e professores protagonizados pelas vitimas deste genero de  abuso