TEMATICA VARIADA, COM MAIOR INCIDÊNCIA NA MUSICA GENERALISTA, E NA FOTOGRAFIA, OBVIAMENTE COMO PILAR DE ESTAS DUAS FORMAS DE ARTE, ESTARÁ A POESIA
sábado, 25 de junho de 2011
Mario Testino
Todo o nada - as mulheres de Mario Testino em Madrid
A capital espanhola acolhe, até Janeiro do próximo ano, várias fotografias conhecidas e até algumas inéditas de Testino. Esta exposição apresenta e revela duas direcções do seu trabalho: a moda e o nú. Desde Kate Moss, passando por Natalia Vodianova até Sienna Miller, todas passaram pela sua objectiva.
A capital espanhola acolhe, até Janeiro do próximo ano, várias fotografias conhecidas e algumas inéditas de Mario Testino. Esta exposição apresenta e revela duas direcções do seu trabalho: a moda e o nú. Kate Moss, Natalia Vodianova e Sienna Miller são algumas das muitas mulheres que passaram pela sua objectiva - não só vestidas pela alta-costura, como sem roupa, em imagens sempre recheadas de bom-humor, com um toque de ironia e uma pitada de provocação.
Mario Testino nasce em Lima, no Perú, em 1954. Proveniente de uma família de classe média alta, faz os seus estudos sempre em bons colégios e Universidades. Estudou Economia, Direito e Relações Internacionais. No entanto, foi por trás de uma lente de máquina fotográfica que descobriu a sua verdadeira vocação.
Nos anos 70 e já a viver em Londres, começa a sua carreira a vender portfólios para futuras modelos por 25 libras esterlinas, incluíndo cabelo e maquilhagem. Desde 1998 já lançou vários livros fotográficos. O ano passado foi a vez de "Mario de Testino Janeiro", com diversas fotografias do Rio de Janeiro e personalidades brasileiras. Muitas destas fotografias estão agora expostas no Museo Thyssen-Bornemisza, em Madrid. São 54, tendo algumas sido realizadas especialmente para a exposição.
O fotografo diz que este "Todo o Nada" se baseia no visualizar do processo de tirar a roupa até se estar despido. "Começa com mulheres vestidas e acaba com nús, mas onde é que acaba a fotografia de moda e começam os retratos?" Com esse fim, algumas imagens mostram modelos sofisticadamente vestidas em cenários criados especialmente para elas, contrastando com outras, totalmente despidas e que nos recordam ícones da arte espanhola, como por exemplo "Las Majas" de Goya.
"Todo o Nada" é um hino "à mulher Testino" . (Re)Conhecido pela cumplicidade que desenvolve com as suas modelos, Testino dá aqui a conhecer o glamour de algumas das mais belas e célebres modelos do Mundo.
Ao longo das décadas, o fotógrafo foi definindo e redefinindo o seu estereótipo feminino. Uma mulher que paute e se caracterize por dois pólos: "Fortes e independentes. As que, apesar da sua força, não deixam de ser femininas nem utilizam a sua beleza como instrumento. Com personalidade, capazes de mostrar os seus desejos e os nossos".
Estabelecer um diálogo próximo com a colecção do museu foi também um objectivo. "Expor no Thyssen, com a sua extraordinária colecção, é um privilégio para qualquer artista actual. Mas ainda mais no meu caso, pois muitos dos artistas que fazem parte dele, serviram-me de inspiração no meu trabalho".
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Edgar Martins
o diálogo silencioso na fotografia
Edgar Martins, fotógrafo português residente em Londres, ganhou o prémio BES Photo em 2009 e é considerado por alguns um novo talento da fotografia contemporânea. Focando-se nos espaços vazios, o artista pretende estabelecer um diálogo através da simbiose do factual e do ficcional.
A representação do espaço (e da sua ausência) tem contornos de grandeza na fotografia de Edgar Martins, português de 33 anos natural de Évora que reside e trabalha em Londres. A sua objectiva não captura rostos de seres vivos, centrando-se nos espaços vazios, muitas vezes tidos por garantidos ou subvalorizados.
A fotografia surgiu a este artista como um meio de expressão sequencial. Depois de se ter dedicado à escrita até aos 18 anos, descobriu o seu fascínio pela imagem visual e pela fotografia em particular. Se, por um lado, é possível usá-la como uma prova do mundo real, pode também transmitir perplexidade ao público com um toque de ficção. O autor define o seu trabalho como uma "suspensão da incredulidade do espectador", retomando a expressão célebre do poeta Coleridge. Através das imagens dos espaços solitários de Edgar Matins nasce um "diálogo silencioso" que cria um elo entre o drama humano do real e o mito romântico fantasiado.
As imagens que vemos assombram-nos pela sua surrealidade sombria e pela geometria pós-moderna em torno dos elementos capturados. Os trabalhos são estudados antes de serem concretizados e podem levar dias de pesquisa. Articulando o analógico e o digital, o resultado potencia as complexidades e desafia a lógica, numa tentativa de juntar o que é facto e o que é ficção.
Como referências, além de artistas plásticos e escritores, Edgar Martins identifica-se com fotógrafos como Patrick Tosani, John Stezaker e Olivier Richon, artistas com uma perspectiva contemporâna da arte forográfica.
Martins ganhou o prémio BES Photo em 2009 e tem colaborado com diversas publicações internacionais. Depois de ter feito um trabalho exclusivo para o jornal New York Times, foi acusado de manipulação digital, hoje assumida plenamente pelo autor. A sua próxima exposição será itinerante, marcando presença em 5 museus britânicos, 3 museus americanos e asiáticos e cerca de 9 galerias mundiais.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Leslie Levy
Caminha a vida apressada.
Entre um poema e outro,
trabalhar, comer, dormir.
No concreto duro da calçada
batem os saltos dos sapatos.
Entre uma rima e outra,
luzes passam - automóveis,
bate a chuva na sombrinha,
cada pingo - versos móveis.
Cada imagem simetria.
Roda som, luz , movimento!
Tudo gira - poesia!
quarta-feira, 22 de junho de 2011
O regresso "secreto" de Amy Winehouse
O regresso "secreto" de Amy Winehouse
Amy Winehouse voltou finalmente aos palcos num concerto secreto no domingo à noite, em Londres, preparando-se assim para as 12 datas da tour pela Europa.
Ao contrário das últimas actuações da cantora, com problemas ao nível da voz e de comportamento, no concerto dado no famoso clube londrino 100 Club no domingo à noite, as pessoas voltaram a ver a antiga Amy em palco. Ela cantou vários temas e mostrou-se muito bem disposta, tendo feito muitas piadas sobre o seu peito e as "férias" em instituições médicas. Quem a viu refere que ela parecia e soava muito melhor em anos de actuações. Um sinal de que estará a preparar o seu regresso ao top e desafiar Adele pela coroa da melhor artista feminina britânica. Uma fonte próxima dos organizadores do concerto dizem que "longe vai a frágil e imprevisível Amy. Ela não tocou em álcool em palco, nem parou em nenhum local "proibido" durante o trajecto". Ela cantou alguns dos seus êxitos como Rehab, Back to Black e Valerie, e mais uma dúzia de novos temas. De acordo com fontes do 100 Club, a "Amy estava numa forma fantástica. Física e musicalmente estava perfeita. Parecia uma das suas actuações antigas". Resta agora esperar que isto tenha sido uma antevisão do regresso da Amy aos palcos, com o enfoque no seu talento e unicidade. Aguardemos pela tour e pelo dia 4 de Agosto aqui em Portugal!!!
terça-feira, 21 de junho de 2011
A memória fotográfica
Em tempos, a fotografia era um processo mecânico, físico e químico. Implicava palavras elas próprias carregadas de múltiplos significados: impressão, revelação, ampliação, cópia. A luz, na fotografia, tornava-se matéria, primeiro em filme, depois em papel. (Em alguns casos, directamente em papel). Hoje a fotografia é outra coisa.
Não sei qual é o papel público ou social da fotografia hoje em dia. Nem sei mesmo se ainda pode ter um papel moral ou político. O lado artístico gera-me menos dúvidas, mas mesmo assim…
Num mundo digital, a fotografia transforma a luz em mais luz. Não há alquimia, não há revelação, não há custo. Cada fotografia pode ser o resultado de dezenas ou centenas de experiências desinteressantes, sem que o disparar do obturador represente um comprometimento valorizável com a realidade. Em alguns casos até, mesmo para capas de revistas, fotógrafos já se limitaram a escolher a melhor frame de um vídeo digital, chamando-lhe fotografia.
Não há, neste meu discurso, nostalgia, só interrogação. O Facebook tem 60 mil milhões de fotografias. Só eu, por exemplo, tenho três máquinas fotográficas (duas delas digitais) e um telemóvel que também tira fotografias. Qualquer destes dispositivos digitais faz também vídeo. E mais, visto que estamos no país das maravilhas do digital, posso manipular cada imagem para parecer que foi feita com uma máquina que existiu historicamente, em condições específicas, impressionando um rolo determinado.
A minha dúvida tem a ver com a memória. Porque é a memória, a documentação, em que a fotografia pode ter um papel moral ou político. Não somos todos hoje foto-repórteres? Mas se todos fotografamos tudo em grandes quantidades, que lugar fica para a intenção de um olhar? Não se tornou o processo estritamente pessoal e difícil de partilhar de modo significativo? Isto é, as nossas fotografias estão em todo o lado, mas só têm significado para os nós (e para os que nos estão próximos, vá).
E aqui entram os artistas, questionando este momento na história da fotografia.
Tudo isto para apresentar quatro exemplos.
As fotografias de Irina Werning no projecto “Back To The Future” convidam-nos a rever gente anónima fotografada há anos, na mesma pose, com a mesma roupa, com o mesmo fundo. É um exercício obsessivo de recriação e o resultado varia entre o caricato e o perturbante.
“In The Meantime” de Meike Nixdorf cria, através de fotografias, uma ficção autobiográfica baseada em memórias, momentos relembrados de Nova Iorque, onde viveu. O projecto inclui também alguns vídeos, mas acho-os menos interessantes.
Haifa, em 1949 e em 2010.
Amit Sha'al, israelita, premiado no World Press Photo, sobrepõe fotografias históricas ao mesmo local na actualidade, evocando reconhecimento e memória nas suas composições.
Por fim, “Welcome to Pine Point” é um projecto mais ambicioso, de filme interactivo, financiado pelo National Film Board do Canadá, da autoria de Paul Shoebridge e Michael Simons. É brilhante, na sua abordagem de documentário a uma cidade mineira do norte do Canadá, que desapareceu, depois de se acabar o minério no solo que lhe dava a sua função. O ponto de partida é um blog (Pine Point Revisited) e, nesse blog, a fotografia como documento de um lugar que já só existe na memória.
Nos três casos, a fotografia é apresentada como peça do puzzle da memória, mas não me esclarece as dúvidas; antes, levanta novas perguntas.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Cida Luz
Era um sorriso guardado,
uma alegria escondida na esperança...
Uma espera quase infantil do coração.
Era sonhar demais com olhos abertos...
Não havia amor o suficiente para
a felicidade acontecer...
Basta-me tua mão
Sempre estendida,
Teu pensamento
De paz, tua alegria
Sem mentiras...
Bastam-me as
Palavras sábias nos momentos
Incertos e a tua paciência
Sem Tempo para terminar...
Bastam-me tuas preces,
Canções e carinhos
Ornando meu caminho...
Basta-me tua amizade
Genuína,
Fazendo valer cada
Instante da vida...
Basta-me te sentir no
Coração e a Deus poder
Agradecer pela dádiva de
Ter Um amigo!...
Cida Luz