sábado, 29 de maio de 2010

GEORGE MOUSTAKI

Minha Liberdade-Má liberté

Minha liberdade
Eu tenho há muito guardada
Como uma jóia rara
Minha liberdade
Foi você quem me ajudou
a largar as amarras
Para ir para qualquer lugar
Para ir à final
Formas de fortuna
Para reunir a sonhar
Uma bússola
Em um raio de luar
Minha liberdade
Antes de sua vontade
Minha alma estava sujeita
Minha liberdade
Eu disse que todos deram
Minhas últimas camisa
E como eu sofri
Para atender
Suas necessidades mais
Mudei país
Perdi meus amigos
Para ganhar a sua confiança
Minha liberdade
Você sabia desarmar
Todos os meus hábitos
Minha liberdade
Você que me fez amar
Mesmo a solidão
Você que me fez sorrir
Quando finalmente vi
Uma aventura
Tens protegido
Quando fui para esconder
Para curar minhas feridas
Minha liberdade
Mas eu te deixei
Uma noite em dezembro
Eu deserta
Os atalhos
Quer acompanhar todos os
Quando não está no meu guarda
As mãos e pés amarrados
Eu me permiti
E eu tenho sido traído por
A prisão do amor
E seu carcereiro bonito
E eu tenho sido traído por
A prisão do amor
E seu carcereiro bonito

Ma liberté

Longtemps je t'ai gardée

Comme une perle rare

Ma liberté

C'est toi qui m'as aidé

A larguer les amarres

Pour aller n'importe où

Pour aller jusqu'au bout

Des chemins de fortune

Pour cueillir en rêvant

Une rose des vents

Sur un rayon de lune

Ma liberté

Devant tes volontés

Mon âme était soumise

Ma liberté

Je t'avais tout donné

Ma dernière chemise

Et combien j'ai souffert

Pour pouvoir satisfaire

Tes moindres exigences

J'ai changé de pays

J'ai perdu mes amis

Pour gagner ta confiance

Ma liberté

Tu as su désarmer

Toutes mes habitudes

Ma liberté

Toi qui m'as fait aimer

Même la solitude

Toi qui m'as fait sourire

Quand je voyais finir

Une belle aventure

Toi qui m'as protégé

Quand j'allais me cacher

Pour soigner mes blessures

Ma liberté

Pourtant je t'ai quittée

Une nuit de décembre

J'ai déserté

Les chemins écartés

Que nous suivions ensemble

Lorsque sans me méfier

Les pieds et poings liés

Je me suis laissé faire

Et je t'ai trahie pour

Une prison d'amour

Et sa belle geôlière

Et je t'ai trahie pour

Une prison d'amour

Et sa belle geôlière

NOVO AMOR

NOVO AMOR
Teu olhar me desnuda ao ver-me,
sinto teu desejo me querendo
olho fixamente sem desviar
a tua esperança quase infantil de ter-me.
É só dar chance a vida...
que ela se incumbe em presentear,
penso, de quem seria esse olhar?
que me aquece o corpo me fazendo renovar.
as vezes me decubro uma tela
e a mão oculta que colore em mim,
é pureza tranquila que atrai teus olhos
é o meu princípio que floresceu em FIM
Temos o verão no corpo
o desejo a nos aquecer,
o amor chegando devagarinho
como um sonho que quero ver florescer.
Espero por tuas mãos prá terminar
o sentimento que provocaste em mim,
beijando tua boca, enlaçando teu corpo esbelto
desfaleço em tuas mãos que percorrem meus caminhos
me tomando para ti.
“MÁRCIA ROCHA”

Dio como ti amo

Laura Zindele os insectos na ceramica.

A cerâmica requintada da americana Laura Zindel parece ser uma curiosa oposição ao terror generalizado de insectos, répteis e rastejantes diversos. O design fica ao cuidado de Laura e de seu marido, Thorsten Zindel Lauterbach, vivendo o casal numa antiquíssima casa de quinta, no estado de Vermont, agora quase transformada num ateliê.
Os trabalhos são inspirados na Natureza e nos “Cabinets of Curiosity” vitorianos, marcas da arte de coleccionar todo o tipo de relíquias, da etnografia e arqueologia, passando pela geologia e restante história natural, muitas vezes em dissecações dignas de museu.
À primeira vista não seria muito convidativo fazer refeições em pratos onde surgem tarântulas, abelhas, libélulas, cobras, plantas, pássaros e até ovos, mas a simplicidade, a beleza singular e a riqueza de detalhes das ilustrações sobre a porcelana branca é tal que esta ganha vida.
Os desenhos a preto e branco são feitos à mão com lápis e impressos na peça em esmalte, a qual é depois cozida para fixar as imagens, numa versão moderna de um processo denominado ‘transferware’, aplicado pela primeira vez no séc. XVIII. O que era antes um processo laborioso e dispendioso, foi facilitado por esta técnica que
produz linhas finas similares às gravuras de livros antigos.
As peças de Laura, que pedem emprestados designs naturais, formam uma gama de objectos de cozinha, pratos, taças, copos e afins, bem como elementos decorativos, tais como jarras e vasos. Todos os anteriores são feitos com materiais não tóxicos, seguros para os alimentos, e exigem alguns cuidados especiais de utilização e lavagem para uma maior durabilidade. Quanto aos preços, vão de algumas dezenas até várias centenas de dólares, sendo que a peça mais cara ronda os 500USD.
O amor da artista pela ilustração e pela Natureza associa-se ao gosto pela simetria, numa complexidade refinada que origina belíssimos padrões ornamentais.
O casal Zindel espera que o seu trabalho de precisão científica e imaginário vitoriano provoque um repensar dos materiais e da temática usada, desejando também que as suas peças cativantes passem de geração em geração, tornando-se elementos icónicos no seio familiar.







Chris de Burgh



quinta-feira, 27 de maio de 2010

A ÚLTIMA VALSA


Nesta valsa da vida desnudo-me para ti
Dançando mil valsas ao sabor do mar
Quando os teus olhos como luas de vento
Partiram em orvalhos de sofrimento
Nesta dança a compasso dos ecos do tempo
Na suavidade dos tempos na dor sentida
Ficarás eternamente nos sons da vida
Não olhaste para trás seguiste a dança
Perseguindo o sonho ao ritmo da valsa
Saberás que nela vivo e te sigo
Mesmo que ausente de ti
Persigo mil sois em cada flor
Em sangue e lágrimas de rima e dor
Na suavidade de uma valsa
Encontraste-te numa última
No meu coração na cadência do sonho
Na partida do passado ao encontro da vida
(Fátima Santos)

MENINA PRODIGIO

 

BAIXO

Sida-Aids

 

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Apesar dos conturbados tempos que vivemos existem ainda pessoas que apostam no pragmatismo e no bom senso como forma de arrostar contra a hipocrisia reinante nos meios Católicos no que respeita ao combate à AIDS. Esse é o caso de Kevin Dowling que após ter sido nomeado Bispo Católico da Diocese de Rustenberg, há 16 anos atrás, visitou os campos de habitação clandestina próximos de Rustenberg que servem de casa a 100.000 pessoas perto da fronteira entre a África do Sul e o Botswana.

Quase exclusivamente composta por homens imigrantes do Lesoto, Zimbabwe, Moçambique e Península do Cabo, esta comunidade mineira, de parquíssimos recursos financeiros, que trabalha nas minas de platina da zona, alberga no seu seio um número muito reduzido de mulheres, a metade das quais VIH-positivas, que se prostitui para conseguir sobreviver.

A extensa rede de relações sobreponíveis nesta comunidade torna-a um campo perfeito para a disseminação do VIH. O Bispo, ciente do facto, e arriscando no mínimo a perda do emprego, já que o Vaticano para além de proibir o uso de camisinha em qualquer circunstância, ainda sustenta alarvemente que a camisinha é permeável ao VIH, decidiu criar em 1996 uma Clínica, que hoje, para além de integrar uma Escola e um Centro de Dia, distribui gratuitamente aos mineiros camisinhas, fármacos para o AIDS e aconselhamento para a prevenção da infecção.

“A abstinência antes do casamento e a fidelidade num casamento são coisas fora da esfera da possibilidade aqui” disse ele. “A questão é proteger a vida. Esse deve ser o nosso principal objectivo”. “Eles têm que usar camisinha, ponto.”, sustenta Kevin Dowling para quem o quer ouvir.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

STEFAN ZWEIG

Yo te voy a amar

 

Yo Te Voy A Amar

Cuando sientas tristeza
Que no puedas calmar
Cuando haya un vacio
Que no puedas llenar
Te abrazaré
Te haré olvidar lo que te hizo sufrir
No vas a caer
Mientras que estés junto a mi

Si siente un frio tu corazón
Seré tu abrigo, tu ilusión
Hasta ya no respirar
Yo te voy a amar

Yo siempre te he amado
Y amor, yo estaré
Por siempre a tu lado
Nunca me alejaré
Prometo mi amor
Te juro ante dios
Nunca te voy a faltar
Tu corazón
No volverás a llorar

Si siente un frio tu corazón
Seré tu abrigo, tu ilusión
Hasta ya no respirar
Yo te voy a amar

Ravi Shankar

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Rui Reininho-GNR

Como dizia o poeta

Portugal turismo

UM DIA...

UM DIA...

( Fernando Pessoa )

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
"Quem são aquelas pessoas?"

Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes
daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"

terça-feira, 25 de maio de 2010

Momentos


.
de momentos inspirados
que para outros não passam
de momentos bem pensados
eu diria bem cunhados...
que ninguém percebe
momentos
com sabor artificial
Amor não é só  carnal
os olhos comem sôfregos
insanos...e não procuram
a beleza de uma estrela
de Platão como ideal
Já tudo é  banal
dos que se tocam sem Amar
corpos-cavernas sem ternura
não são amor
são somatório bestial...
retirar dali para colocar ali
uns montes...tão ...montes!
uma praia... tão praia!
uma multidão...tão...sem nada...

By Jorge Pereira

Power of Love

Coração precisa de espaço

Coração precisa de espaço
.
O coração da gente gosta de atenção.
De cuidados cotidianos.
De mimos repentinos.
De ser alimentado com iguarias finas, como a beleza,
o riso, o afeto.
Gosta quando espalhamos os seus brinquedos no chão
e sentamos com ele para brincar.
E há momentos em que tudo o que ele precisa
é que preparemos banhos de imersão na quietude para
lavarmos, uma a uma, as partes que lhe doem.
É que o levemos para revisitar, na memória,
instantes ensolarados de amor capazes de ajudá-lo
a mudar a freqüência do sentimento.
Há momentos em que tudo o que precisa
é que reservemos algum tempo a sós com ele
para desapertá-lo com toda delicadeza possível.

Teka

Meu Amor

Meu Amor

De todas as maneiras que me enfeito
Sei que me preferes nua.
Sou para ti uma escultura viva
Assombrando tuas noites frias.
Vou me vestir de sonhos,
Entregar-me aos teus delírios
Ser tua musa, tua fantasia
A mulher que iluminou os teus dias.
Sonho de amor, paixão nascida
Voragem de desejos penetrando
Teus sentidos...
Amando-te simplesmente
Como bicho e como gente,
Com um amor calmo e permanente,
Ser tua amiga e tua amante
Até em teus braços morrer
Na eternidade de um instante.

Márcia Rocha

domingo, 23 de maio de 2010

Muniz


Com obras nos principais museus de arte contemporânea do mundo, como o Metropolitan, o Whitney, o MoMA, de Nova York e o Reina Sofia, de Madrid, Vik Muniz, artista plástico brasileiro conhecido no mundo inteiro, consegue utilizar a fotografia como meio de representação de um diálogo com a História da Arte, que chega ao entendimento de todos pela simplicidade dos materiais que utiliza, quebrando a idéia de que arte é algo que só quem lida com ela entende.
Único filho de pai garçom e mãe telefonista, ainda adolescente mudou-se para os Estados Unidos onde passou cinco anos vivendo de subemprego, muitas vezes dormindo na rua. Trabalhando numa molduraria de Nova Iorque, passou a fazer quadros kitsch e produzir estranhas e incomuns esculturas que lhe abriram as portas do circuito de arte da cidade.
Serragem, açúcar, areia, papel de parede, jornais e lixo já foram usados em obras de arte por Picasso e Braque por volta de 1912 em Paris. Acrescentando novos elementos como algodão, chocolate, açúcar, arame, terra, barbante, especiarias, lixo, gel, mel, poeira e muitos outros, Vik Muniz, de uma maneira radicalmente criativa, produz obras que impressionam pela inovação e criatividade.

O trabalho mais barato de Vick Muniz custa 5 mil dólares, sendo que um conjunto de 14 painéis de sua autoria foi arrematado num leilão em Paris pela bagatela de 150 mil dólares. Sempre que vende um trabalho onde retrata problemas sociais ele doa parte da renda para instituições de crianças e adolescentes carentes.

- "Os pobres precisam de dinheiro. É preciso ajudá-los diretamente". – diz com a experiência de quem já passou necessidades.

Muniz fez uma exposição individual no University of South Florida Contemporary Art Museum, em Tampa, Flórida, atualmente denominada "Vik Muniz: Reflex". Esta exposição, organizada pelo Museu de Arte de Miami, esteve em exposição no Seattle Art Museum e no PS1 Contemporary Art Museum em Nova Iorque. Até Janeiro de 2008 a exposição esteve em exibição no Musée d'Art Contemporain em Montreal, Quebec (Canadá). Muniz também publicou um livro, "Reflex - A Vik Muniz Primer" (2005: Aperture Foundation, Nova Iorque), que contém uma compilação do seu trabalho e seus comentários sobre ele.

Seu trabalho também foi destaque no "The Hours-Visual Art of Contemporary Latin America" (2007), mostra apresentada no Museu de Arte Contemporânea de Sydney, New South Wales, Austrália. Depois de uma bem-sucedida temporada no MAM-RIO, batendo recorde de público com 48 mil visitas, a mostra "Vik" chega ao MASP, onde permanecerá até o dia 12 de Julho.