sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pintura - Modigliano

 

 

"Quando conhecer a tua alma pintarei os teus olhos"

Modigliani

Fotografia e Sociedade

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Buster Keaton: o cómico que nunca ria

 

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Nascido no coração do teatro de vaudeville*, Keaton começou sua carreira artística participando com seus pais, num número chamado Os Três Keatons, em que a grande piada era o desafio dos pais em disciplinar uma criança mal-educada: algo que nos remete à antiga questão de saber se é a arte que imita a vida ou a vida que imita a arte.

No caso de Buster, percebemos que a vida imitou a arte e sua jornada fluiu naturalmente, entre tombos, quedas, sustos e várias características comportamentais tão naturais a qualquer criança. Tornou-se um dos maiores artistas e humoristas do cinema mudo e de sua época.

Aos 21 anos de idade, com o encerramento da carreira de seu pai (que se tornara alcoólatra), Buster rendeu-se à atração que tinha pelo cinema e mudou-se para Nova Iorque. Lá, encontrou um antigo companheiro, o ator Roscoe "Fatty" Arbuckle, que o convidou para trabalhar no filme "The Butcher Boy" (O Menino Açougueiro).

O sucesso desta dupla cômica foi tão grande que logo foram convidados para estrelar uma sucessão de onze comédias. Keaton passou a escrever seus próprios esquetes e a trabalhar como assistente de direção nos filmes de que participava. Logo passou a escrever seus próprios filmes.

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Em 1920 Buster começou a dirigir seus primeiros curtas. Tornou-se um ator de muitos recursos e de impressionante presença cênica.

Mas a característica que ficou para sempre associada a Keaton, uma de suas grandes inovações, é o fato de sua comédia se basear num personagem impassível, que mantém as mesmas feições diante dos fatos ocorridos. Isso explica os apelidos dados a ele pelos críticos: "O grande cara de pedra" e "O homem que nunca ri". Buster percebeu que, ao não modificar sua expressão, o espectador projetaria nele suas aspirações sentimentais, sensoriais e morais.

Foi em 1928 que Keaton cometeu o que ele mesmo considerou ser o seu "grande erro": vendeu seu estúdio de produção para a MGM. Buster - que era o "destruidor" - tornara-se um mero ator assalariado, sem nenhuma independência artística. Obrigado a adaptar-se ao esquema de produção, Keaton envolveu-se com o álcool, tal como o pai fizera antes.

Há quem diga que foi por perder o controle sobre o conteúdo criativo de seus filmes e por ter que aceitar roteiros impostos pelo estúdio que a poesia existente no coração de Keaton se apagou.

Buster passou a década de 1930 em relativa obscuridade, escrevendo gags (corridas, quedas, fugas) para vários filmes, inclusive alguns dos Irmãos Marx, como "Uma Noite na Ópera" e "No Circo". Também fez aparições em filmes como "Crepúsculo dos Deuses", de 1950, e "Mundo Maluco", de 1963.

Um dos momentos mais significativos da sua carreira de ator aconteceu em 1952, quando participou do filme de Charles Chaplin "Luzes da Ribalta". Nele, Keaton e Chaplin fazem um número de dez minutos em dueto - dois velhos atores de "vaudeville" tentando resgatar os bons tempos.

Em 1965, poucos meses antes de sua morte, Buster Keaton protagonizou o único filme realizado pelo teatrólogo Samuel Beckett, chamado simplesmente "Filme".

Além de trenzinhos de brinquedo, o que mais atraía Buster Keaton era representar. Foi o que fez até 1966, quando morreu vítima de um câncer no pulmão.

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Iguaçu

Leonard Cohen, Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras

Leonard Cohen, Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras






01 de junio de 2011, 11:36Madrid, 1 jun (Prensa Latina) O cantor e poeta canadense Leonard Cohen foi distinguido hoje com o Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras, anunciou a fundação que leva o nome do herdeiro da coroa espanhola e criador do galardão.
  Cohen (Montreal, 1934) tem criado um imaginário sentimental no que a poesia e a música se fundem em um valor sem mudanças, destacou o júri em sua falha, emitido na cidade de Oviedo.
O passo do tempo, as relações amorosas, a tradição mística de Oriente e Occidente, e a vida contada como uma balada interminável, configuram uma obra identificada com uns momentos de mudança decisivo no final do século XX e princípios do XXI, acrescentou.
Mais conhecido por sua faceta musical, pela que também aspirou em este ano ao Príncipe de Astúrias das Artes (concedido ao italiano Riccardo Muti), Cohen é autor de obras em verso e em prosa, trabalho que tem influído em três gerações de todo mundo, reconheceu o júri.
Considerado um dos autores mais influentes de nosso tempo, seus poemas e canções têm explorado com profundidade e beleza as grandes questões do ser humano, sustentou a Fundação Príncipe de Astúrias.
Entre suas obras destacam livros de poemas como Flores para Hitler, Os formosos vencidos e Comparemos mitologias, bem como o romance O jogo favorito.
Suzanne, de 1968, é o sucesso maior de Cohen e a primeira canção de seu primeiro álbum, Songs of Leonard Cohen.
Carregada de profundidade literária, com ela o cantor chegava à música depois de ter publicado romances e poesias.
Em dezembro último, o canadense finalizou apresentações em diferentes lugares do mundo por dois anos que o levou por mais de 200 palcos, entre eles os espanhóis.
Sua grande influência sobre outros grandes artistas viu-se na multidão de versões de seus temas, como no disco Tower of song (1995) para o que cantores como Billy Joel, Sting, Elton John, Willie Nelson e Bono gravaram suas canções.
Cohen, que entre os numerosos reconhecimentos recebidos destaca o Prêmio Glenn Gould em 2011, considerado o Nobel das Artes, publicou seu último trabalho no passado ano, Songs from the road, um coleção de seus temas mais emblemáticos.
Das 32 candidaturas procedentes de 25 países apresentadas a esta XXXI edição, foram finalistas junto a Cohen a também canadense Alice Munro e o romancista inglês Ian McEwan.
O das Letras, que no 2010 foi para o escritor libanês Amin Maalouf, é o quinto dos oito prêmios Príncipe de Astúrias da presente edição, dotados com 50 mil euros a cada um e a reprodução de uma escultura de Joan Miró.
Este galardão, a entregar-se em outubro em Oviedo, reconhece às pessoas cujo labor criadora ou de investigação represente uma contribuição relevante à cultura universal nos campos da literatura ou da linguística.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Adoptei o amor para conpanheiro

 

Imagem 176 (2)

 

I will adopt the love for companion

 

and I will listen to it singing, and will drink it like wine,

and I will use it like garment.

In aurora, the love will wake me

and it will drive me to the distant meadows.

To the midday, it will drive me in the shade of the trees

where I will protect myself of the sun like the birds.

To the sunset it will drive me to the setting,

where I will hear the melody of the nature

being dismissed of the light, and I will meditate

the shadows of the quiet fluttering in the space.

At night, the love will hug me,

and I will dream about the superior worlds

where there live the souls of the fascinated ones and of the poets

(Khalil Gibran)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Charles Chaplin

"A coisa mais injusta sobre a vida
é a maneira como ela termina. Eu acho
que o verdadeiro ciclo da vida está todo
de trás pra frente. Nós deveríamos morrer
primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora
de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio
de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos
até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua
aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool,
faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas,
vira criança, não tem nenhuma responsabilidade,
se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe,
passa seus últimos nove meses de vida flutuando.
E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?"
(Charles Chaplin)

Poesia–Clarice Lispector

Sonhe com o que você quiser.
Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
-Clarice Lispector -