TEMATICA VARIADA, COM MAIOR INCIDÊNCIA NA MUSICA GENERALISTA, E NA FOTOGRAFIA, OBVIAMENTE COMO PILAR DE ESTAS DUAS FORMAS DE ARTE, ESTARÁ A POESIA
sábado, 11 de dezembro de 2010
Lê
Dá-me a tua mão
Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
Clarice Lispector
Grande S
Grandes S
Dizem as estatisticas que estou numa crise existencialista própria da idade que atravesso, andropausa, causada pela diminuição da testoterona o que leva a levantar questões e a querer provar que ainda se é capaz, principalmente para as curvas, e eis que surgem os "S", a eterna questão.
Devo concluir que o nosso problema é a testoterona.
Há quem diga que é por excesso uma vez que estamos fodidos, e quem diga que é por ausência: não há ninguém capaz de pegar o touro pelos cornos.
Será a nossa democracia tão velha que já não nos desperte interesse?
Ou tão nova que de tão inexperiente se torna uma chatice aturar as birras?
Ou será uma eterna relação platónica em que nunca conseguimos revelar a paixão que nos consome?
Lá terei de afogar as mágoas e mergulhar nas grandes superfícies e satisfazer os meus desejos só com o olhar.
E porque não tratar daqueles assuntos das finanças, dos impostos, da minha relação com o estado a tomar um café e uma bebida refastelado numa esplanada de um qualquer centro comercial como se de um casal de namorados se tratasse...
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Para mim o amor……..
Para mim, o amor é mais ou menos como o sol.
Nasce de manhã cedinho, entra pelas frestinhas da janela iluminando
o quarto e o coração, deixa a vida e os dias mais bonitos.
Aquece as tardes e o peito. O amor nos livra do escuro,
melhora o humor e faz a gente lançar olhares abobalhados
para o horizonte e para o céu.
Faz a gente se despir e seca as roupas no varal.
Se engana quem pensa que ele é constante.
O amor às vezes queima e muda de cor.
Ele pode até enfraquecer em alguns momentos do dia,
mas normalmente ele é forte. O amor está sempre se pondo.
Mas, sabe, eu boto fé nisso: o amor de verdade é igualzinho ao sol.
Ele sempre renasce, mesmo que alguns dias tenham nuvens ou chuva forte.
E brilha até o infinito.
Clarissa Corrêa
Um obsequio da MARA DEBRASSI
O cantor, compositor e poeta Jim Morrison, ex-líder da banda americana The Doors morreu com 27 anos em Paris 1971.
Jim Morrison havia abandonado o The Doors e estava tentando ressurgir como poeta, mas encontrava-se em um impasse criativo.
Sua morte está envolta em mistério: Suicídio ou Homicídio?
Embora fosse um ávido consumidor de drogas, Morrison sempre evitou a heroína. Teria ele tomado de forma consciente uma overdose fatal naquela noite em Paris? Teria sua esposa viciada, que enganou a polícia francesa e organizou um funeral às pressas, se suicidado dois anos depois em virtude de alguma culpa inconfessável?
Bem... se estivesse vivo faria hoje 67 anos.
Frases de Jim Morrison:
“Se minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que se sentem”.
“Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa; e particularmente as atividades que parecem não ter nenhum sentido. Talvez sejam o caminho para a liberdade. A rebelião externa é o único modo de realizar a libertação interior”.
“A única obscenidade que conheço é a violência”.
“Sempre fui atraído pelas ideias contra a autoridade. Gosto das ideias referentes a quebra de sistema destronamento da ordem estabelecida”.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
"Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém.
"Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém.
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.
Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi...Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.
Que por mais que se corte uma pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.
Mas, aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.
Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sente.
Aprendi que perdoar exige muita prática.
Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.
Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e que eu tenho que me acostumar com isso.
Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;
Aprendi que numa briga preciso escolher de que lado eu estou, mesmo quando não quero me envolver.
Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.
E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Eu aprendi que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você; Eu aprendi que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;
Eu aprendi que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu. Eu aprendi que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a."
by Kênia
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
FUSÃO FADO FLAMENGO
Para o Meu Coração...
Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.
És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.
Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.
Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.
Pablo Neruda
Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu braço,
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste.
Senti ou não ?
Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido.
Mas tão de leve !...
Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há muita coisa
Incompreendida...
Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando
'Sobre o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve um ritmo
Novo no espaço ?
Como se tu,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etéreo,
Que nem soubesses
Que tinha ser.
Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.
.
Fernando Pessoa