sábado, 9 de junho de 2012

A Lista

Olhares fotografia online

 

 

FOLHA2

Galeria de Jorge Pereira

 

Olhares fotografia online

George Moustaki - Ma Liberté

Minha liberdade

Eu tenho há muito guardada

Como uma jóia rara

Minha liberdade

Foi você quem me ajudou

a largar as amarras

Para ir para qualquer lugar

Para ir à final

Formas de fortuna

Para reunir a sonhar

Uma bússola

Em um raio de luar

Minha liberdade

Antes de sua vontade

Minha alma estava sujeita

Minha liberdade

Eu disse que todos deram

Minhas últimas camisa

E como eu sofri

Para atender

Suas necessidades mais

Mudei país

Perdi meus amigos

Para ganhar a sua confiança

Minha liberdade

Você sabia desarmar

Todos os meus hábitos

Minha liberdade

Você que me fez amar

Mesmo a solidão

Você que me fez sorrir

Quando finalmente vi

Uma aventura

Tens protegido

Quando fui para esconder

Para curar minhas feridas

Minha liberdade

Mas eu te deixei

Uma noite em dezembro

Eu deserta

Os atalhos

Quer acompanhar todos os

Quando não está no meu guarda

As mãos e pés amarrados

Eu me permiti

E eu tenho sido traído por

A prisão do amor

E seu carcereiro bonito

E eu tenho sido traído por

A prisão do amor

E seu carcereiro bonito

 

geroge moustaki

 

Ma liberté

Longtemps je t'ai gardée

Comme une perle rare

Ma liberté

C'est toi qui m'as aidé

A larguer les amarres

Pour aller n'importe où

Pour aller jusqu'au bout

Des chemins de fortune

Pour cueillir en rêvant

Une rose des vents

Sur un rayon de lune

Ma liberté

Devant tes volontés

Mon âme était soumise

Ma liberté

Je t'avais tout donné

Ma dernière chemise

Et combien j'ai souffert

Pour pouvoir satisfaire

Tes moindres exigences

J'ai changé de pays

J'ai perdu mes amis

Pour gagner ta confiance

Ma liberté

Tu as su désarmer

Toutes mes habitudes

Ma liberté

Toi qui m'as fait aimer

Même la solitude

Toi qui m'as fait sourire

Quand je voyais finir

Une belle aventure

Toi qui m'as protégé

Quand j'allais me cacher

Pour soigner mes blessures

Ma liberté

Pourtant je t'ai quittée

Une nuit de décembre

J'ai déserté

Les chemins écartés

Que nous suivions ensemble

Lorsque sans me méfier

Les pieds et poings liés

Je me suis laissé faire

Et je t'ai trahie pour

Une prison d'amour

Et sa belle geôlière

Et je t'ai trahie pour

Une prison d'amour

Et sa belle geôlière

Chico Buarque

 

 

O Que Será

 

O que será, que será?
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será, que será?
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho...

O que será, que será?
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos...

Será, que será?
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...

O que será, que será?
Que todos os avisos não vão evitar
Por que todos os risos vão desafiar
Por que todos os sinos irão repicar
Por que todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo

PETER GABRIEL SECRET WORLD (DVD QUALITY)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

The Boy Who Trapped The Sun - Copper Down

Bella Daguer

 

Se você não tiver o que oferecer ,

não tire ...


Laura Méllo

Vera Queiroz

 

Foto: Amar também é saber 
reconhecer quando chegou 
a hora de dizer adeus.
É ter coragem,
para enfrentar o que 
o destino já havia traçado,
sem querer recuar.

Vera Queiroz

 

Amar também é saber

reconhecer quando chegou

a hora de dizer adeus.

É ter coragem,

para enfrentar o que

o destino já havia traçado,

sem querer recuar.

 

Vera Queiroz

Paulo Coelho

Tomas Tranströmer

 

In this undated photo provided by Bloodaxe Books on Thursday, Oct. 6, 2011, Swedish poet Tomas Transtromer poses for a photograph at an unknown location. The 2011 Nobel Prize in literature was awarded Thursday, Oct. 6, 2011 to Tomas Transtromer, a Swedish poet whose surrealistic works about the mysteries of the human mind won him acclaim as one of the most important Scandinavian writers since World War II. (AP Photo/Paula Transtromer, Bloodaxe Books) EDITORIAL USE ONLY

 

 

Os fios elétricos

estendidos por onde o frio reina

Ao norte de toda música.

O sol branco

treina correndo solitário para

a montanha azul da morte.

Temos que viver

com a relva pequena

e o riso dos porões

Agora o sol se deita.

sombras se levantam gigantescas.

Logo logo tudo é sombra.

As orquídeas.

Petroleiros passam deslizando.

É lua cheia.

Fortalezas medievais,

cidades desconhecidas, esfinges frias,

arenas vazias.

As folhas cochicham:

Um javali está tocando órgão.

E os sinos batem.

E a noite se desloca

de leste para oeste

na velocidade da lua.

Duas libélulas

agarradas uma na outra

passam e se vão

Presença de Deus.

No túnel do canto do pássaro

uma porta fechada se abre.

Carvalhos e a lua.

Luz e imagem de estrelas salientes.

O mar gelado.

Tomas Tranströmer

http://www.newyorker.com/online/blogs/books/2011/10/tomas-transtromer-nobel-prize.html

Vera Queiroz

Bom seria você chegar,

por tua mão sobre a minha

e juntos,pintarmos o caminho

que queremos seguir.

Com que cores?

Ah!Já somos coloridos!

Vera Queiroz

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Pink Floyd The Division Bell

 

 

Be alone

afegao caminhando

Wiyathul Live

Sendo que Deus nao existe

 

 

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Sendo que Deus nao existe


Depois que todos os rios envenenados..
Do imaginário surgirão dragões
Sepultando nosso pavor
Confundindo a crença ´
E a primavera perdendo o fulgor
Sede de Outono ´
E os passaros
Agora inofensivos
Serão como aviões de guerra
Devorando valores e direitos´
E os peixes
Revoltados
Perante a confusão
Impotentes
Passarão a habitar nosso desgosto
Formando filas de seres irreconheciveis
Enquanto corremos no mesmo sentido
Á loja da morte
Que vende a preço imortal
A vida / Agora fragilizada


by Jorge Pereira

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Vera Queiroz

 

 

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As pessoas especiais jamais

se perdem de nós.

Estão sempre perto,

e do lado de dentro...

Só saberás se és especial

em minha vida se ficar.

Por que só,

me faz falta quem comigo está.

 

Vera Queiroz

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Keep Calm….

 

n*grandjean with DR Pigekoret, Story to Story

- Vera Queiroz -

 

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Que a dureza dos meus dias,

não tire de mim a doçura das palavras.

Que seja definitivo e intenso os risos,

sonhos e desejos...

 

- Vera Queiroz -

Vera Queiroz

Amigo é aquele,
que mesmo a distância
consegue captar nosso estado de espírito.
Só de ouvir nosso silêncio.


Vera Queiroz

Foto: Amigo é aquele,

que mesmo a distância

consegue captar nosso estado de espírito.

Só de ouvir nosso silêncio.


Vera Queiroz

Perco teu mapa

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  • Foto

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    • Perco teu mapa
      Em cada porto da saudade
      A canoa do amor atraca
      E não te achando
      Retorno ao mar
      Enfrentando a tempestade
      O medo / a solidão
      E faminto
      Fixo-me ao leme da esperança
      Temendo a perda de forças
      O desvio do porto seguro´
      Mar brando / Baia cristalina
      Canoa dos sonhos
      Quando o tempo
      Em tua ausência / corre
      Pondo a embarcação em perigo
      Enfraquecendo o amor
      Desviando-o.....
      E não te encontrando
      Perco-me na tua rota


    • by Jorge Pereira

  • domingo, 3 de junho de 2012

    - Helena Frontini – Recuperação -


    Recuperação

    O silencio mostrou-se como um lenitivo.
    Fico só, lambendo minhas feridas
    Em companhia da natureza que me refugia.
    Meu olhar distante procura certo alento
    Nas flores, no voo das aves, no sol,
    No rio que segue sempre, no vento...
    Uma névoa ensombrou meu ideal.
    Sonhos perdidos,o coração despreparado
    Para o sofrimento e o desamor.
    Não sei como reagir nem mesmo pensar.
    Preciso de solidão e calmaria,
    Gerada dentro da alma e não fora,
    Em becos e ruas sem saída.
    Sofro e ninguém pressente minha dor
    Espero, em meu tempo de esplim...
    Retorno quando me achar
    E souber o que fazer de mim.

    - Helena Frontini -

    Terrence Malick e o cinema existencial

     

    Terrence Malick é um desses realizadores cujas obras traduzem uma visão profunda e poética, por vezes metafísica. Em 40 anos de carreira, fez apenas cinco longas-metragens. Mas não lhe falta o apoio dos estúdios.

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    Filme "Badlands".

    Com um currículo de cinco longas e um curta-metragem, em uma carreira de mais de quarenta anos, Terrence Malick tem contado suas histórias de forma peculiar e inovadora, muito por influência de seu interesse pela filosofia e exploração da dramaticidade da narrativa. Seu primeiro longa-metragem, Terra de ninguém (Badlands, 1973), destacou-se pelo trabalho de edição e pela integração com o elenco, refletindo na tela a naturalidade da atuação. Todos os grandes diretores são lembrados por conseguir arrancar este nível de profundidade de seu elenco.

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    Filme "Badlands".

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    Cartaz do filme "Badlands".

    Alguns pontos particulares da direção de Malick já se encontravam presentes nesta primeira vez, mesmo que em menor escala que nos filmes posteriores - marcas da evolução de um cineasta estudioso e minucioso em sua visão poética. Seu segundo longa foi Cinzas no paraíso (Days of heaven, 1978), um dos primeiros trabalhos de Richard Gere. É uma história passada num cenário bucólico das plantações do Texas no início do século XX. Mais uma vez, Malick foi elogiado por conseguir utilizar o ambiente como mais um personagem, que reflete as ações e os sentimentos dos personagens humanos.

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    Cartaz do filme "Days of Heaven".

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    Filme "Days of Heaven".

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    Filme "Days of Heaven".

    Depois de Cinzas no paraíso, Malick afastou-se e decidiu viver em Paris, escrevendo outros projetos para o cinema. Seu filme seguinte surgiu apenas 20 anos depois, baseado no livro de James Earl Jones, Além da linha vermelha (br) / A barreira invisível (pt) (The thin red line, 1998). Nunca a Segunda Guerra Mundial tinha sido filmada desta forma. Um enorme elenco de atores debutantes (e alguns consagrados) participou das filmagens, na Austrália e Ilhas Salomão.

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    Cartaz do filme "The Thin Red Line".

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    Filme "The Thin Red Line".

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    Filme "The Thin Red Line".

    A intuição de Malick para a captação do melhor momento de cada cena ficava evidente na ilha de edição, onde centenas de metros de filme eram revistos para o corte. Isso fez com que muitas cenas fossem repetidas muitas vezes - não para conseguir a exatidão da expressão do ator, mas para captar tudo o que pode fazer parte desta expressividade, e isso, muitas vezes, condiz com a natureza, intensamente representada em seus filmes. Na direção de O novo mundo (2006), que conta uma nova versão do romance de John Smith e Pocahontas durante a colonização inglesa da América do Norte, é bastante clara esta dedicação ao ambiente natural. Para o longa-metragem foram filmados mais de 300 quilômetros de rolo de filme.

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    Cartaz do filme "The New World".

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    Filme "The New World".

    Malick, antes de se tornar diretor de cinema, transitou pelo meio acadêmico da filosofia, especializando-se em Martin Heidegger (1889-1976). O cineasta trouxe a bagagem filosófica do existencialismo de Heidegger para os seus filmes. Seus poucos trabalhos mostram o homem face à imensidão da natureza, uma contemplação que retoma mais uma vez a literatura heideggeriana.

    A edição dos filmes de Malick pode destoar muito do que fora imaginado no material primário. Na pós-produção de Além da linha vermelha, o diretor experimentou as narrações que havia gravado com alguns atores e atrizes do elenco, da mesma maneira que havia feito em Terra de ninguém com a personagem de Sissy Spacek. Estas narrações são os momentos mais significantes na forma transcendental como Malick explora as multimodalidades do cinema. As chamadas narrativas experimentalistas surgem em tomadas que contemplam o homem em contato com a natureza (tanto a do ambiente quanto a sua própria). As falas, que soam ora como poesia, ora como questões filosóficas, transformam o filme numa fonte de reflexão. Em Terra de ninguém, a substituição de alguns diálogos pelas narrativas experimentalistas foi uma tentativa de Malick contar a história sob um novo foco, uma projeção do pensamento humano sobre as próprias ações. Seu diálogo com o espectador se dá tanto na ação das personagens quanto dentro de seus pensamentos, às vezes extremamente intimistas e metafísicos.

    O estilo inconfundível de Malick é também reflexo de sua vida reservada e distante dos holofotes, do trabalho minucioso antes e após o filme (Malick se dedica muito ao roteiro e à edição, as filmagens costumam ser assumidas por outras equipes por ele escolhidas). Esses e outros fatores convergem em projetos com um poder filosófico pouco visto em outras mãos: falam do que todos possuem dentro de si mas que, muitas vezes, não conseguem traduzir sozinhos.

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    Cartaz do filme "The Tree Of Life" ("A Árvore da Vida" (br)).

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    Filme "The Tree Of Life" ("A Árvore da Vida" (br)).

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    Filme "The Tree Of Life"("A Árvore da Vida"