TEMATICA VARIADA, COM MAIOR INCIDÊNCIA NA MUSICA GENERALISTA, E NA FOTOGRAFIA, OBVIAMENTE COMO PILAR DE ESTAS DUAS FORMAS DE ARTE, ESTARÁ A POESIA
sábado, 18 de junho de 2011
Friedrich Nietzsche
A Fragilidade dos Valores Todas as coisas «boas» foram noutro tempo más; todo o pecado original veio a ser virtude original. O casamento, por exemplo, era tido como um atentado contra a sociedade e pagava-se uma multa, por ter tido a imprudência de se apropriar de uma mulher (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos velhos costumes, conserva o jus primae noctis). Os sentimentos doces, benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde vieram a ser os «valores por excelência»; por muito tempo se atraiu o desprezo e se envergonhava cada qual da brandura, como agora da dureza.
A submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se submeterem ao direito! O «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime; foi instituído com violência e opróbio.
Cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o movimento, em troca teve inumeráveis mártires; por estranho que isto hoje nos pareça, já o demonstrei na Aurora, aforismo 18: «Nada custou mais caro do que esta migalha de razão e de liberdade, que hoje nos envaidece». Esta mesma vaidade nos impede de considerar os períodos imensos da «moralização dos costumes» que precederam a história capital e foram a verdadeira história, a história capital e decisiva que fixou o carácter da humanidade. Então a dor passava por virtude, a vingança por virtude, a renúncia da razão por virtude, e o bem-estar passivo por perigo, o desejo de saber por perigo, a paz por perigo, a misericórdia por opróbio, o trabalho por vergonha, a demência por coisa divina, a conversão por imoralidade e a corrupção por coisa excelente.
Friedrich Nietzsche
quinta-feira, 16 de junho de 2011
O Amor tonifica
O Amor tonifica o cabelo das mulheres Torna-o vivo e dá-lhe um brilho natural. Ondulações permanentes ? só das do amor. Amai ! Nada melhor que o Amor para as moléstias do couro cabeludo. O Amor ilumina os olhos das mulheres Olhos sem cor ? Amor ! Olhos injetados ? Colírio lágrimas de Amor ! Amai mulheres ! O Amor branqueia a córnea, acende a íris, dilata as pupilas cansadas. O Amor limpa de rugas a fronte das mulheres Para pés-de-galinha, beijos de Amor. Tende sempre em mente : O Amor coroa as mulheres de pesados diademas invisíveis Amai mulheres ! A mulher que ama move-se dignamente. O Amor heleniza o nariz das mulheres Quando não dá-lhes delicados riques, particularmente nas asas. Narizes gordurosos, com propensão a cravos, acnes ou espinhas ? Amai, mulheres! esfregando de leve os narizes de encontro ao nariz amado. Amor horizontal é melhor e não faz mal. Bocas plenas rosadas palpitantes ? Beijos de Amor constantes ! mantêm-nas bem lubrificadas. Se quereis conservar aceso o ardor dos que vos amam Beijai, mulheres! doce, triste, alegre, violentamente apaixonadas. Nem Ardens, nem Rubinsteins: morte às pomadas ! Pomadas, cremes, só de amor, amadas ! Pele jovem e macia ? amai se possível todo o dia E ante o esplendor de vossas peles há de ruborizar-se a madrugada. O Amor estimula extraordinariamente a higiene bucal Os amorosos lavam-se os dentes, dão-se massagens nas gengivas, limpam-se as línguas com água e sal Que é, como todos sabem, o composto químico da saliva Que conseqüentemente se ativa impedindo a halitose e tornando a carícia palatal. Não sabe aquela que só compra Lifebuoy ? Perdeu o marido e nunca soube como foi. Sim, lavai-o debaixo de vossas asas, ó anjos, mas nada de exagero: Uma axila sem cheiro pode levar um homem ao desespero. Basta de pastas: ó tu que transportas o leite contigo Bom até a última gota! sou teu amigo ouve o que te digo ; Se amares o sangue funcionará melhor em tuas glândulas mamares E terás seios autodidatas firmes objetivos singulares. Chega de plásticas cirúrgicas, radioterapias e outras perfumarias Vivei e amai ao sol : para aquele que vos ama vossos defeitos são poesia Nada mais lindo que a feiúra da mulher amada. Por isso eu sempre digo : qual regulador qual nada ! Regulador? besteira! Amai, mulheres. A verdadeira Saúde da mulher está em ser boa companheira Dê e tome, tome e mate, e mate de Amor. A mulher que se preza Sabe sorrir. Conserve o seu sorriso. Valha o quanto pesa. Se é de Amor, é bom. Eu sempre digo, e faço figa Do que me diga não ser melhor que óleo de fígado. Pois além de excitar o metabolismo basal Para o simpático é o tônico ideal. Eis o seu mal, não amar. Daí, decerto, a causa Dessas palpitações, enxaquecas e náuseas ... O espetáculo começa quando a senhora chega. Espere um instante por favor E repita comigo, bem devagar :
A-M-O-R.
Vinícius de Moraes
Fotografar à chuva
Se a sua reacção ao saber que o fim-de-semana vai estar chuvoso é nem sequer sair de casa, saiba que não é o único. Danny Santos também fazia o mesmo. Até que um dia pegou na máquina fotográfica, saiu à rua e começou a captar a reacção das pessoas à chuva. O resultado final deu origem ao projecto “Bad Weather”.
São fotografias de estranhos, registadas pela objectiva de Danny Santos quando a chuva começa a cair. O designer gráfico, que trabalha há cerca de uma década na indústria criativa, acabou por se tornar “no fotógrafo dos fins-de-semana chuvosos”.
Isto porque, primeiro, só fotografa nesses dias e, segundo, aproveita quando chove. Danny Santos, que até há dois anos costumava ficar em casa por causa do mau tempo, começou a sair para as ruas de Singapura (onde vive actualmente) e a captar as reacções dos habitantes: “Afinal, apercebi-me de como a chuva provoca comportamentos interessantes e refrescantes nas pessoas”. O resultado final deu origem ao projecto “Bad Weather”.
São imagens deliciosas, quase todas a preto e branco, onde se corre ou se segue normalmente quando o tempo muda. Onde há quem se proteja com o tradicional chapéu-de-chuva, ou com o que tenha à mão. Onde há ainda quem reaja aborrecido ou de sorriso na cara. Quando questionado sobre o porquê de fotografar na rua, Danny Santos realça a espontaneidade e o realismo da mesma: “Aí, nada é preparado. Nada coopera contigo: o tempo, quem passa, a situação…tens que trabalhar com o que há e isso é um grande desafio. E quando estes elementos em certas ocasiões se juntam e estás no lugar certo, à hora certa, a sensação de ter captado aquele exacto momento não é comprarável a nenhuma outra.”
Se antes evitava a chuva, agora diz que aprendeu a recebê-la de braços abertos. E que, neste projecto, aquela máxima de que “a vida não é esperar que a tempestade passe, mas saber vivê-la através da chuva” assenta que nem uma luva. As múltiplas sensações provocadas por estes dias, naqueles perfeitos desconhecidos (tal como em todos nós), continuam a maravilhar Danny Santos, fazendo-o sair à rua, aos fins-de-semana, sobretudo se fizer chuva.
Um punhado de amor
Punhado de Amor
Eu estava deitado na minha cama na noite passada
Olhando para um teto cheio de estrelas
Quando isso de repente me veio
Eu só tenho que deixar você saber como eu me sinto
Vivemos juntos em uma fotografia do momento
Eu olho em seus olhos
E os mares se abrem para mim
Eu digo que te amo
e eu sempre amarei
E eu sei que você não pode me dizer
E eu sei que você não pode me dizer
Então, eu estou pronto para pegar
As dicas, os pequenos símbolos de sua devoção
Então, eu estou pronto para pegar
As dicas, os pequenos símbolos de sua devoção
Eu sinto suas mãos
E eu sei que é por amor
E eu sinto o açoite
E eu sei que é por amor
Eu sinto os seus olhos em chamas queimando buracos
direto pelo meu coração
É por amor
É por amor
Eu aceito e eu recolho ao meu corpo
As memórias de sua devoção
Eu aceito e eu recolho ao meu corpo
As memórias de sua devoção
Eu sinto suas mãos
E eu sei que é por amor
E eu sinto o açoite
E eu sei que é por amor
Eu sinto os seus olhos em chamas queimando buracos
direto pelo meu coração
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Rita Apoena
Anúncio para solitários.
Procura-se um amigo sozinho
de andar discreto e gesto silencioso.
Procura-se desesperadamente um amigo
que saiba se aproximar
de um passarinho.
Rita Apoena
Arneyde T. Marcheschi
Boa tarde rainha
este seu
Súdito!!!
Quando eu te encontrar
quero que seja para ficar.
Quero que seja verdadeiro
todo meu... Inteiro... Real...
Quero que seja um amor
louco... Passional... Imoral...
sem medos... Sem pudores
um amor único e verdadeiro.
Um amor onde me posso
entregar... Intensamente
mergulhar no êxtase...
um amor complexo... Irracional.
Um amor que dure eternamente
sem medidas... Sem horas...
sem tormentos... Sem medo...
um amor onde eu seja você
e onde você se transforme em
meu eu... Incondicional... Racional.
Arneyde T. Marcheschi
terça-feira, 14 de junho de 2011
Eliane Azevedo
E pela primeira vez ela superou o medo de se olhar ao espelho. Ela era linda! Era perfeitamente possível se apaixonar outra vez...
Eliane Azevedo
segunda-feira, 13 de junho de 2011
FERNANDO PESSOA
FERNANDO PESSOA
Fernando António Nogueira Pessoa
nasceu no dia 13 de junho em Lisboa no ano de 1888
e morreu em 1935, no dia 30 de novembro.