sábado, 22 de maio de 2010

Woodstock



A 17 de Agosto último, há exatos 40 anos atrás, o “Woodstock Music & Art Fair”, o festival de música mais emblemático da história, chegava ao fim. A data trouxe dezenas de lançamentos em aúdio e vídeo, matérias especiais em todas as mídias, livros, filmes…o pacote completo. Eis o que aconteceu com os principais nomes que tocaram nesses míticos 3 dias. Quem eram na época e o que aconteceu após o evento.

Richie Havens
Chamado às pressas para abrir o festival diante dos atrasos (era a atração disponível com menor número de equipamento, um violão), Havens entrou para cantar 20 minutos e improvisou durante 3 horas. No fim, com “Motherless Child”, a palavra “freedom” foi incorporada no refrão, tornando-se posteriormente o nome da música e uma das marcas do festival.

Após Woodstock, Havens alcançou fama mundial, tendo o pico da carreira na década de 70. Decaiu nos anos 80 e 90, lançando apenas álbuns esporádicos. Seu último disco é “Nobody Left To Crown”, do ano passado.

Album Essencial: Mixed Bag (1967)



Ravi Shankar
Mentor de George Harrison, Shankar sempre foi muito mais do que um simples músico. Nascido em 1920, o indiano começou sua carreira nos anos 50 e permece na ativa até hoje. Sua cítara é uma das grandes responsáveis por levar a música indiana ao redor do mundo.

Album :I am Missing You 1968


Arlo Guthrie
Filho de Woody Guthrie, um dos nomes mais lendários da história do folk e largamente conhecido por ser uma das maiores influências de Bob Dylan, Arlo teve alguns hits na década de 60, incluindo “Coming Into Los Angeles”. De extensa carreira, foi referência na cena folk. Seu útimo lançamento é o ao vivo “In Times Like These”, de 2007.

Album essencial: Alice’s Restaurant (1967)



Santana
Ainda desconhecido na America, Santana teve um grande empurrão com o show incendiário que fez em Woodstock. Um dos pontos altos do festival, a carreira do mexicano firmou-se a partir dali. Com vários clássicos na década de 70, experimentou um longo declínio até explodir novamente no mix de “Supernatural”, de 1999, com vários convidados da música pop e o que levou a um novo público. O álbum vendeu simplesmente mais de 25 milhões de cópias, fazendo de Santana um dos maiores ídolos pop na época.

Album essencial: Abraxas (1970)


Janis Joplin
Uma das maiores estrelas do festival, Janis tocou em Woodstock com seu novo grupo na época, Kozmic Blues Band. Morreu um ano depois e tornou-se um dos maiores nomes da história do rock, mesmo com a brevíssima carreira.

Album essencial: Pearl (1971)


The Who
Sinônimo de rock, o The Who já era um ícone em Woodstock. Lançando a ópera rock “Tommy”, fizeram um dos melhores shows do festival. Continuam na ativa até hoje e o último álbum inédito é “Endless Wire”, de 2006.

Album essencial: Live At Leeds (1970)


Jefferson Airplane
Os primeiros da geração psicodélica de San Francisco a ganhar reconhecimento mundial. Muito dessa fama deve-se ao clássico “White Habbit”. Terminaram em 1973.

Album essencial: Surrealistic Pillow (1967)


Joe Cocker
Cocker é um dos que deve sua carreira a Woodstock. Sua versão de “With A Little Help From My Friends”, dos Beatles, foi a grande responsável por isto, sendo inclusive o nome do seu primeiro álbum. O britânico segue lançando discos. O último foi “Hymn For My Soul”, de 2007.

Album essencial: With A Little Help From My Friends (1969)


Jimi Hendrix
Hendrix era um dos maiores nomes do festival. Foi o responsável por encerrar Woodstock, na manhã de segunda feira, já com um público bem reduzido em comparação à média dos dois dias anteriores. Sua versão do hino dos EUA, “Star Splanged Banner”, foi o momento mais marcante. É uma lenda da guitarra, principalmente pelo modo peculiar como tocava sua Fender, o desenvolvimento do uso da alavanca e do wha-wha, os solos e riffs clássicos e por colocar os guitarristas no centro das bandas de rock. Morreu um ano depois, em Londres, sufocado pelo próprio vômito, provavelmente vítima de uma overdose de pílulas tranquilizantes.

Álbum essencial: Are You Experienced? (1967)


Fire - Jimi Hendrix and the Gypsy Sun and Rainbows

Rock in Rio

81 mil pessoas na Cidade do Rock, no dia 21.

As portas abriram pouco depois das 16 horas e a receber os muitos espectadores estava a equipa do Rock in Rio. Mas o que fez correr esta multidão, que foi crescendo ao longo da tarde, foram as duas mulheres do dia: Shakira e Ivete Sangalo. !cid_af3e83708ebb2fcf3247ca28d7e3c5e0

As bandeiras do Brasil e as faixas de apoio à Shakira não enganavam quem quisesse adivinhar as duas actuações mais esperadas da noite. Mas antes de os primeiros acordes se ouvirem no Palco Mundo, a animação começou no Palco Sunset com a actuação d’Os Azeitonas com António Zambujo.

COUBET

COURBET Estávamos em 1866 e Courbet era já um pintor conhecido em França pela sua destreza técnica mas sobretudo pela sua atitude crítica e corrosiva em relação à sociedade e moral burguesas, que não perdia ocasião de afrontar. Courbet era um socialista convicto, arrogante e autoconfiante, é preciso dizer. No entanto talvez isso não baste para justificar a obra que realizou nesse ano e que havia de o celebrizar mais do que todas as outras. Ao representar frontalmente as coxas e o sexo de uma mulher, A Origem do Mundo abalou profundamente o meio artístico da época. E não só!
A tela tem um percurso atribulado. Reza a História que um diplomata turco, de nome Khalil-Bey, de passagem por Paris encomendou a Courbet para a sua colecção um quadro, que viria a ser este. Khalil-Bey era um coleccionador de arte erótica e tinha já adquirido ao artista uma pintura denominada O Sono ou Adormecidas, representando duas mulheres nuas deitadas sobre a cama em poses sensuais. Possuía também o famoso O Banho Turco, de Ingres, entre outras obras.
Pouco tempo depois Khalil-Bey viu-se obrigado a vender diversas peças da sua colecção para pagar dívidas de jogo. Escondida debaixo de uma outra tela de aspecto mais pacífico, A Origem do Mundo foi então comprada por um antiquário, passando de mão em mão até ao seu último dono, o célebre psicanalista francês Jacques Lacan. Após a sua morte, a família doou-o ao Museu d'Orsay, onde se encontra presentemente.

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O quadro é profundamente perturbador ou mesmo chocante. O incómodo sentido pelo observador ao olhar de modo tão directo para o sexo que ali se exibe ostensivamente é enorme. Há uma espécie de pudor, de vergonha quase instintiva que se revela em nós ao observá-lo. Mais do que violentar a intimidade do objecto retratado, o artista violenta o público. De resto, Courbet adorava fazê-lo embora nunca tivesse ousado ir tão longe. Porque se atreveu desta vez?
À época, na Academia, os estudantes exercitavam-se desenhando as estátuas clássicas de corpo idealizado. Essas estátuas, Apolos e Afrodites, não eram de modo algum assexuadas mas a R epresentação do sexo era 08011002_blog_uncovering_org_courbetestereotipada, camuflada ou deturpada. Os homens frequentemente tinham uma parra a tapar os órgãos genitais enquanto que nas mulheres nada se via para além da continuidade da pele lisa da barriga. Courbet detestava os académicos e as suas fórmulas - ele que dizia que só podia pintar aquilo que via.
Esta tela surge assim como um manifesto contra o academismo mas também contra a falsidade vigente na Arte e na Sociedade oitocentista. Representa a libertação definitiva do artista de todos os estereótipos! Significativo é o facto da polémica se ficar a dever ao tema e à forma como foi abordado e não às qualidades pictóricas do quadro - se estava bem pintado ou não. A Origem do Mundo foi uma obra inspirada, visionária talvez, um acto estético da maior importância e uma obra de arte de primeira grandeza. A Pintura Moderna talvez tenha começado aqui, com origem no sexo de uma mulher.

Al Hirschfeld - caricaturas

070817_blog_uncovering_org_al-hirschfeld_1 Enquanto quase todos os desenhadores e caricaturistas usavam a cor para tornar os seus trabalhos mais apelativos ou o sombreado para lhes dar profundidade, Al Hirschfeld apenas se servia na maior parte das vezes de uma simples linha preta, traçada a lápis ou à pena. E bastava - estava lá tudo. Não deixa, porém, de ser interessante esta predilecção pela linha pura da parte de quem queria ser pintor ou escultor... Perguntaram-lhe uma vez se o fazia por mera falta de tempo. Respondeu: Quando estou com pressa faço um desenho complexo; só quando tenho tempo é que faço um simples.

Esta convicção na importância da simplicidade escondida por detrás de muito trabalho e exigência, reveladora de um sentido estético muito apurado, valeram-lhe uma enorme admiração e projeccção. Os seus trabalhos foram publicados em dezenas de jornais, revistas e outros periódicos de renome - The New York Times, The New Yorker, Playbill, Collier's, Life, Time, Look, Business Week, Rolling Stone, Reader's Digest, Print, See, Talk, etc. - e expostos em museus e galerias de arte. Al Hirschfeld desenhou sem parar até 2003, data em que faleceu com 99 anos.

As personagens da série televisiva Seinfeld

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Bogart e Bergman, aliás, Rick e Ilsa em Casablanca

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Fred Astaire e Ginger Rogers

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Os irmãos Marx - Harpo, Groucho e Chico

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O elenco de West Side Story

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Jazz - Benny Goodman, Gene Krupa, Teddy Wilson, Lionel Hampton e Duke Ellington

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The Beatles, atravessando a passadeira de Abbey Road

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Os três tenores: Carreras, Domingo e Pavarotti

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The Secret

Paolo Serpieri.

Aqui há uns bon070214_druuna3s anos atrás saíram em Portugal dois álbuns de banda desenhada que passaram relativamente despercebidos. Intitulavam-se Morbus Gravis e relatavam as aventuras fantásticas de uma mulher num mundo horrendo de violência e erotismo desenhado com grande realismo. A heroína chamava-se Druuna e viria a tornar-se rapidamente famosa em todo o mundo assim como o seu criador: Paolo Serpieri.

Seria normal esperar que qualquer publicação na área do erotismo ou a roçar a pornografia, como esta é, obtivesse um certo sucesso comercial. Não faltam exemplos disso desde os comics de qualidade rasca e assumidamente porno até aos pretensamente eruditos e sofisticados, como é o caso de Milo Manara mas isso não chega para explicar a imensa popularidade de Serpieri. A sua banda desenhada possui efectivamente qualidade, a meu ver.

Serpieri é um mestre do desenho facto a que não é alheia a sua formação artística nomeadamente na área da pintura. Porém, só relativamente tarde é que descobriu e explorou as potencialidades da 9ª arte, a banda desenhada. Foi muito influenciado pelas histórias fantásticas publicadas na revista "Métal Hurlant" e pelo cinema - ele próprio cita Alien e Blade Runner como duas das suas referências fundamentais.

O seu desenho é particularmente cuidado nas figuras femininas, plásticas e volumosas, quase palpáveis. As mulheres são anatomicamente perfeitas, belas e sensuais em contraste com tudo o resto que é feio, mórbido e sombrio. Este mundo de ficção científica fantástica transmite uma imagem de pessimismo e de dor a que Druuna escapa através do prazer. Na beleza e no prazer Serpieri tenta ver o caminho da fuga ao caos e à morte...

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OLAVO Brás Martins dos Guimarães BILAC

Gustav Klimt - Love 2007081600_blog_uncovering_org_klimt_love-tm

Tenho uma memória bastante clara das aulas de Literatura que fiz ao longo da minha vida escolar, nelas, o poeta Olavo Bilac sempre foi fixado na minha imaginação como sendo aquele senhor polido, patriota, enfadonho e reaccionário. Daí o supreendente que foi, ao me inscrever e frequentar recentemente um curso universitário de Literatura Brasileira, descobrir que o tão proclamadamente apático poeta parnasiano, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, autor do Hino à Bandeira Nacional, adorador de formas marmóreas e da sobriedade era, na verdade, um devasso.

O poeta tem peças dum erotismo tanto perverso, delirante, pornográfico, que certamente corava as professoras tão sóbrias que tive . Fiquei depois descobrindo que ficou famoso o papelucho deixado por Emílio de Menezes para epitáfio do amigo: "Bilac esta cova encerra. Choram sacros e profanos... Muitos anos coma a terra, a quem comeu tantos ânus!". Se eu houvesse sabido dessas façanhas antes... teria sido uma aluna mais diligente.
"Delírio" ganhou para sempre o meu favoritismo.

Satânia
(...)

Sobe... cinge-lhe a perna longamente;
Sobe...- e que volta sensual descreve
Para abranger todo o quadril!- prossegue,
Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura,
Morde-lhe os bicos túmidos dos seios,
Corre-lhe a espádua, espia-lhe o recôncavo
Da axila, acende-lhe o coral da boca,
E antes de se ir perder na escura noite,
Na densa noite dos cabelos negros,
Pára confusa, a palpitar, diante
Da luz mais bela dos seus grandes olhos.

E aos mornos beijos, às carícias ternas,
Da luz, cerrando levemente os cílios,
Satânia os lábios úmidos encurva,
E da boca na púrpura sangrenta
Abre um curto sorriso de volúpia...

Beijo Eterno
Diz tua boca: "Vem!"
"Inda mais!" diz a minha, a soluçar...Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
"Morde também!"
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,
Morro por teu amor!

Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!
Beija-me assim!<
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!

Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…

Última Página
Primavera. Um sorriso aberto em tudo. Os ramos
Numa palpitação de flores e de ninhos.
Doirava o sol de outubro a areia dos caminhos
(Lembras-te, Rosa?) e ao sol de outubro nos amamos.

Verão. (Lembras-te Dulce?) À beira-mar, sozinhos,
Tentou-nos o pecado: olhaste-me... e pecamos;
E o outono desfolhava os roseirais vizinhos,
Ó Laura, a vez primeira em que nos abraçamos...

Veio o inverno. Porém, sentada em meus joelhos,
Nua, presos aos meus os teus lábios vermelhos,
(Lembras-te, Branca?) ardia a tua carne em flor...

(...)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Tecnologia e Ciência Redes sociais enviam informações pessoais ...

facebook

Redes sociais enviam informações pessoais para anunciantes
Notícia é avançada pelo "The Wall Street Journal" e implica Google, Yahoo, Facebook e MySpace, entre outros.
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Só o Facebook tem mais de 400 milhões de utilizadores
O MySpace, o Facebook e outras redes sociais têm enviado informação pessoal dos seus utilizadores que permitem determinar o nome e outros detalhes pessoais, apesar de prometerem não fazê-lo nas suas politicas de privacidade, avança o "The Wall Street Journal ".
Algumas grandes companhias publicitárias, como a DoubleClick, da Google, e Right Media, da Yahoo, receberam esta informação, que incluía nomes de utilizador e números de identificação que, ao clicar em anúncios online, podem direccionar para os perfis dos utilizadores.
Esta informação pode ser utilizada para encontrar detalhes pessoais sobre o utilizador, como nome, idade, profissão, localidade e tudo o mais que seja público no perfil.
Responsáveis negam conhecimento
O "The Wall Street Journal" avança também que já interpelou os responsáveis das redes sociais em causa. Na sequência do contacto do jornal, o Facebook e o MySpace já reescreveram o código que permitia a transmissão da informação em causa. Para além do Facebook e do MySpace, também o LiveJournal, hi5, Xanga e Digg foram identificados nesta lista de infractores.
O "The Wall Street Journal" noticia ainda que o Facebook fez mais do que as outras redes sociais, enviando o nome do utilizador que clicou no anúncio, bem como do perfil onde estava o anúncio.
Esta notícia aparece numa altura má para o Facebook, que se vê a braços com uma polémica sobre a sua política de privacidade de tal dimensão que já chegou à capa da "Time Magazine" .
À excepção do Facebook, as redes sociais defenderam que a informação que enviam para os anunciantes incluem o número de identificação do utilizador onde se encontra o anúncio e não do visitante.
Anunciantes não estão interessados em informação pessoal
Tanto a Google como a Yahoo negaram ter-se apercebido de que recebiam a informação adicional e afirmam não ter feito uso de tal informação.
"Nós proibimos os nossos utilizadores de enviar informação pessoal. Nós dizemos-lhes: 'Não queremos. Não deviam enviar-nos isso. Se a informação chegar, nós não vamos lá ver'", declarou a vice-presidente da Yahoo, Anne Toth.

Marina Tsvetaeva,

Marina Tsvetaeva,

Você, passa por mim apressada
Depois de encantos que você dificilmente atingirá
Se você soubesse  o fogo que é desperdiçado,
Como a vida é desperdiçada em vão!
E o fogo, tão heroicamente como  erupção cutânea,
Umas sombras ocasionais podem evocar
E como meu coração foi queimado em cinzas
Por essa fumaça de pólvora inútil.
O, os trens que saem de terminais noturnos,
Transporte é onde   dormirei para onde quer que vá ...
Então, novamente, é pouco provável
Que você conheça mesmo e que você saiba -
Por que meus discursos são afiados e breve,
Na fumaça do meu cigarro, -
Como nesta   escuridao  e ameaçadora tristeza
Na  minha cabeça de cabelos dourados desalinhados...

Dave matthews whit friends

Warehouse-live at Folson Field Boulder live

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alexa Meade



Alexa Meade, realidade ou pintura?

Quando olhamos pela primeira vez, não percebemos. Parecem-nos quadros expressionistas bem pintados. Mas olhe com mais atenção, especialmente para os olhos: é praticamente a única coisa no ser humano que não pode ser camuflada. Alexa Meade descobriu uma nova forma de fazer arte, indo além do bodypainting. Ela faz instalações, adaptando os objectos à sua forma de ver o mundo.

Meade adapta o real ao seu mundo, usando uma técnica própria que faz com que a realidade pareça uma figura bidimensional e criando uma ilusão até para o espectador mais atento. "Trompe l'oeil" é o nome da colecção destes trabalhos onde usa tinta acrílica e leva ao extremo o lema "a arte imita a vida", já que o faz em cima da própria vida. Como se construísse uma máscara em cima dos objectos sobre os quais trabalha, mantendo o seu âmago, sem o danificar.

Alexa Meade tem apenas 23 anos e, ao contrário do que possa parecer, a carreira artística nem sempre lhe foi óbvia. Proveniente de Washington D.C., licenciou-se em Ciência Política e já estagiou no Capitólio por várias vezes, sendo que em 2008 fez parte da equipa de imprensa da campanha de Barack Obama. Só há menos de um ano, quando terminou de estudar, é que se decidiu pela sua paixão artistica, trazendo da política a ideia de que as experiências não são verdades absolutas e, por isso, nunca são interpretadas da mesma forma: ver não significa necessariamente acreditar.

"Os modelos que utilizo são transformados em personificações da interpertação do artista da sua essência. Quando vemos uma fotografia ou vemos a instalação pronta, as pessoas que estão por trás do trabalho desaparecem, eclipsadas pelas suas próprias máscaras". (Tradução livre) É por estas palavras que Alexa Meade descreve o seu trabalho, revelando como nos proporciona uma mudança na forma como vivemos as relações espaciais e, por consequência, emocionais.








domingo, 16 de maio de 2010

URBANISMO


Não seria o mundo um lugar melhor se houvessem mais flores e arco-íris a povoar os espaços urbanos? Se as cores cinzentas e tristes fossem substituídas pelas cores da natureza? Deve ter sido com o flower power em mente que Yoann Henry Yvon criou o seu novo projecto para estacionamento de bicicletas.
The Marguerite é um novo conceito que tem por base a ideia de que a natureza deve estar presente nos cenários urbanos. Não apenas literalmente, mas também em imagens que nos remontam ao campo. O design deste estacionamento de bicicletas pretende conciliar o espaço urbano e a beleza do meio ambiente. Assume-se como um instrumento prático que respeita o ambiente e os desejos dos cidadãos – apesar de ser feito de plástico. Não deixa, no entanto, de representar a primavera e de defender os direitos daqueles que preferem a bicicleta ao carro. Como um mini-manifesto pelas ciclovias.
O responsável por este projecto, Yoann Henry Yvon, trata-se de um designer francês de 27 anos sediado em Milão. Este não é o único projecto com um ponto de vista ecológico, já que a maioria dos seus trabalhos assenta na funcionalidade enquadrada em objectos pouco ornamentados. Dividido entre França, Espanha e Itálía, Yoann tem uma formação diversificada que lhe permitiu ter uma visão global do mundo em que vive, transmitindo para as suas peças a sua perspectiva prática. Outro dos seus objectos de sucesso é o Wave Pank, um banco de exterior feito de alumínio com braços móveis, de forma a que cada pessoa que se sente possa escolher a inclinação que deseja ou de que lado deseja estar.