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O Sorveteiro
Passa o sorveteiro
nas ruas da memória.
O som da sineta
nos chamava à calçada.
- Quanto moço?
- tem de abacaxi?
E lá se ia badalando
a sineta rua à fora.
Doces tardes sonolentas
da infância que passou!
Não sei porque lembro disso!
Talvez porque a tarde,
pestaneje de sono como outrora,
ou talvez porque a menina que fui,
ainda olhe curiosa a rua,
por trás de meus olhos de adulta,
a espera dos sabores
que a vida lhe trará.
Lenise Marques
TEMATICA VARIADA, COM MAIOR INCIDÊNCIA NA MUSICA GENERALISTA, E NA FOTOGRAFIA, OBVIAMENTE COMO PILAR DE ESTAS DUAS FORMAS DE ARTE, ESTARÁ A POESIA
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
O Sorveteiro
"Françoise Hardy L'amitié"
"Françoise Hardy L'amitié"
Muitos de meus amigos vieram das nuvens,
Com o sol e a chuva como bagagem.
Fizeram a estação da amizade sincera,
A mais bela das quatro estações da terra.
Têm a doçura das mais belas paisagens,
E a fidelidade dos pássaros migradores.
E em seu coração está gravada uma ternura infinita,
Mas, as vezes, uma tristeza aparece em seus olhos.
Então, vêm se aquecer comigo,
e você também virá.
Poderá retornar às nuvens,
E sorrir de novo a outros rostos,
Distribuir à sua volta um pouco da sua ternura,
Quando alguem quiser esconder sua tristeza.
Como não sabemos o que a vida nos dá,
Talvez eu não seja mais ninguém.
Se me resta um amigo que realmente me compreenda,
Me esquecerei das lágrimas e penas.
Então, talvez eu vá até você aquecer
GUTA NAKI
As canções insinuantes e misteriosas dos Guta Naki
São uma nova banda portuguesa. Os Guta Naki falaram ao Expresso sobre a cumplicidade que está por detrás do seu primeiro disco, que apresentam ao vivo hoje às 22h no Teatro Reflexo, Sintra.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
MÁRCIA ROCHA
TEMPO...TEMPO...
Brindemos a estação mais quente do ano
no corpo, na pele e na mente...
nudez passeando nas areias das praias
amores explodindo nos corpos ardentes.
Verão que alucina e aquece a alma...
trás lembranças passadas voando no tempo,
amores achados e perdidos ao sabor do vento,
dor das lembranças q morrem no abandono
q a memória vai deixando prá sempre.
Saudade passada do futuro presente,
vivendo o agora, amamos mais quentes,
ao sabor da paixão q aquece a vida morna,
procurando amor que encontra na frente.
Borboleta colorida q embeleza o momento
a engrenagem do mundo sempre em movimento,
imperfeição q a humanidade sempre se esquece
de viver intensamente o momento presente.
É no agora q se encontra certamente
todos os desejos da alma e do corpo
do amor de amantes q se querem prá sempre!
João Guimarães Rosa
QUALQUER AMOR
"Só se pode viver perto de outro,
e conhecer outra pessoa,
sem perigo de ódio,
se a gente tem amor.
Qualquer amor já é um pouquinho
de saúde,
um descanso na loucura."
João Guimarães Rosa
Chico Buarque
"Não se afobe, não
Que nada é para já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar..."
Chico Buarque
Hilda Hilst
Se for possível
Se for possível, manda-me dizer:
- É lua cheia. A casa está vazia -
Manda-me dizer, e o paraíso
Hás de ficar mais perto, e mais recente
Me há de parecer teu rosto incerto.
Manda-me buscar se tens o dia
Tão longo como a noite. Se é verdade
Que sem mim só vês monotonia.
E se te lembras do brilho das marés
De alguns peixes rosados
Numas águas
E do meus pés molhados, manda-me dizer:
- lua nova -
E revestida de luz te volto a ver.
Hilda Hilst
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Lenise
Artigo III
Fica decretado que, a partir deste
instante, haverá girassóis em todas
as janelas, que os girassóis terão
direito a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer,
o dia inteiro, abertas para o verde
onde cresce a esperança.
Thiago de Mello
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Músicos mortos no México depois de se recusarem a tocar encore
Músicos mortos no México depois de se recusarem a tocar encore
Banda tocava em bar, na cidade mexicana de Guadalajara, quando espetadores alcoolizados, suspeitos de pertencerem a gangue de droga, abriram fogo.
Dois músicos que atuavam, este mês, num bar na cidade mexicana de Guadalajara foram mortos por membros do público.
De acordo com a imprensa local, Jonathan Jimenéz, de 22 anos, e Gustavo Alejandro, de 35, foram mortos a tiro quando a banda a que pertenciam se recusou a tocar um encore, perto das 4h da manhã.
Os proprietários do bar terão ordenado o fecho do estabelecimento, despertando a ira de quatro espetadores alcoolizados, suspeitos de pertencerem a um gangue de droga, que atiraram uma granada para o palco.
Seguiram-se momentos de pânico, com os clientes do bar a tentarem desesperadamente abandonar o bar. Foi então que os quatro homens abriram fogo, matando dois dos músicos e ferindo a dona do bar, de 26 anos, no tornozelo.
A banda à qual pertenciam as vítimas chama-se Banda La Excelencia, mas não é o grupo do mesmo nome, radicado em Nova Iorque, na sua página do Facebook já apresentou um desmentido .