quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Myriam

I Wandered Lonely as a Cloud
I wandered lonely as a cloud
That floats on high o'er vales and hills,
When all at once I saw a crowd,
...A host, of golden daffodils;
Beside the lake, beneath the trees,
Fluttering and dancing in the breeze.
Continuous as the stars that shine
And twinkle on the milky way,
They stretched in never-ending line
Along the margin of a bay:
Ten thousand saw I at a glance,
Tossing their heads in sprightly dance.
The waves beside them danced; but they
Out-did the sparkling waves in glee:
A poet could not but be gay,
In such a jocund company:
I gazed---and gazed---but little thought
What wealth the show to me had brought:
For oft, when on my couch I lie
In vacant or in pensive mood,
They flash upon that inward eye
Which is the bliss of solitude;
And then my heart with pleasure fills,
And dances with the daffodils.
-William Wordsworth-

Maria Bonfá

.

Tributo a AIRTO MOREIRA e esposa FLORA PURIM

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Poema de Natal

POEMA DO NATAL

PARA ISSO fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrêla a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo,pisar leve,ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso,talvez,de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem,graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais,esperaremos...
Hoje a noite é jovem;da morte,apenas
Nascemos,imensamente.

De Vinicius de Moraes

Nastassja Kinski

 

Little Boy Blue

 Cinema Coppola Musica Nastassja Kinski Fundo Coracao

A aparição fugaz de Leila, protagonizada por Nastassja Kinski, é um dos pontos altos do filme de Francis Coppola One from the Heart de que aqui falámos ontem. Descobri por acaso este vídeo que testemunha esse momento deslumbrante ao som de Little Boy Blue...

Lost in Translation – a cumplicidade na solidão

Lost in Translation – a cumplicidade na solidão

 

Pessoas em busca de respostas, motivos e propósitos. Pessoas que querem cativar e ser cativadas. Que querem ser entendidas e entender. Que querem ouvir. Ou falar. Sou eu e você. Pessoas na mais nobre de todas as buscas: o autoconhecimento. É o que acontece no filme “Lost in Translation” (EUA, 2003), de Sofia Coppola – "Encontros e Desencontros", no Brasil / "O Amor é um Lugar Estranho", em Portugal.

lost in translation

“The more you know who you are, and what you want, the less you let things upset you” (Quanto mais você sabe quem é e o que quer, menos você deixa que as coisas te aborreçam).

É claro que o roteiro não diz isso. Aliás, o filme possui um roteiro reticente demais para dizer isso. Em minha opinião, é um filme silencioso, mas suficiente para fazer-nos enxergar, mais por meio de movimentos e expressões do que por palavras, o que acontece entre os protagonistas. Lost in Translation é um dos filmes mais honestos que já assisti porque é direto. É o que é. E é simples. O roteiro baseia-se no encontro de duas pessoas repletas do sentimento mais comum que existe: a solidão.

Bob (Bill Murray) e Charlotte (Scarlett Johansson), cada um ao seu próprio modo, começam a questionar a gravidade de suas vidas presas a uma rotina que, para eles, parece não mais fazer sentido. Percebem que da realidade na qual estão inseridos querem desesperadamente sair, mas são consumidos por um sentimento de culpa e impossibilidade.

Como pano de fundo temos Tóquio, uma cidade violentamente desperta, que vem a ser quase uma personagem secundária. O ritmo frenético da megametrópole contrasta com a inércia existencial dos protagonistas.

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Bob é um ator de meia idade, que vai à capital japonesa, por dois milhões de dólares, gravar um comercial para uma marca de whisky. Na verdade, essa é a desculpa que usa para fugir de um matrimônio em ruínas e da frustração de uma carreira em declínio. Já Charlotte é uma jovem recém-casada, e infeliz, que acompanha o marido fotógrafo em campanhas publicitárias pelo país, mas passa a maior parte do tempo sozinha.

Nos corredores de um luxuoso hotel eles se conhecem. E o relacionamento nasce tímido, ao perceberem um sentimento mútuo de admiração e cumplicidade, resultando em um amor real, mas fatalmente efêmero. Bob e Charlotte vêem crescer entre eles uma afetividade tão grande que ultrapassa o amor romântico e chega às vezes de um carinho genuíno e tão verdadeiro quanto perturbador. Mas que, no entanto, serve como alicerce para não somente melhor se conhecerem a si mesmos, como para terem coragem de fazê-lo, de fato.

lost in translation

lost in translation

A dificuldade de comunicação que eles enfrentam no Japão remete à idéia de como é inóspita e estranha a sensação de não entender e não ser entendido. O nome – original – do filme foi uma feliz escolha ao fazer um paralelo com o indivíduo e a inadequação ao mundo ao seu redor.

Lost in Translation é o segundo filme de Sofia Coppola, filha do poderoso cineasta Francis Ford Coppola, e mostra que herdou o talento do pai. O filme tem uma excelente fotografia e qualidade técnica. Por isso levou três Globos de Ouro e recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original. Foi também indicado em outras três categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor (a) e Melhor Ator para o fantástico Bill Murray.

A trilha sonora do filme merece destaque, com excelentes faixas de My Bloody Valentine, Air, Kevin Shields, The Jesus & Mary Chain, entre outros.

lost in translation

domingo, 19 de dezembro de 2010

Bobby McFerin

MariA Gadu-Tudo diferente

Coisas simples


Coisas simples
Gosto das coisas simples, bem singelas.
As coisas tão comuns e tão normais.
Como o rasante vôo que os pardais
Fazem defronte de minhas janelas.
Gosto das margaridas amarelas,
As que florescem em todos os quintais,
Onde comparo o colorido delas
Com o que vem das roupas dos varais.
Amo a doçura no sabor d´amora.
Me encanta as tardes de leveza infinda,
Por onde a luz crepuscular colora
Todo o horizonte numa cor tão linda
Que nos faz crer que ali, naquela hora
A mão de Deus está mais forte ainda.
(Jenário de Fátima)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Preciso Me Encontrar

Preciso Me Encontrar

Deixe-me ir

Preciso andar

Vou por aí a procurar

Rir prá não chorar

Deixe-me ir

Preciso andar

Vou por aí a procurar

Rir prá não chorar.

Quero assistir ao sol nascer

Ver as águas dos rios correr

Ouvir os pássaros cantar

Eu quero nascer

Quero viver.

Deixe-me ir

Preciso andar

Vou por aí a procurar

Rir prá não chorar

Se alguém por mim perguntar

Diga que eu só vou voltar

Depois que me encontrar.

Quero assistir ao sol nascer

Ver as águas dos rios correr

Ouvir os pássaros cantar

Eu quero nascer

Quero viver.

Deixe-me ir

Preciso andar

Vou por aí a procurar

Rir prá não chorar.

Deixe-me ir preciso andar

Vou por aí a procurar

Sorrir prá não chorar

Deixe-me ir preciso andar

Vou por aí a procurar

Rir prá não chorar.

Cartola

Colagem da Cris-Cinema como tema

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Europa debaixo de neve

 

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A Alemanha foi a nação mais atingida pela neve, com mais de 600 voos cancelados, escolas obrigadas a fechar e rodovias congestionadas após dezenas de acidentes que mataram pelo menos três pessoas e feriram dezenas.  
A neve também prejudicou os voos na Holanda, onde o aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, viu mais de 100 cancelamentos e muitos atrasos nesta movimentada temporada de férias de Natal, segundo a porta-voz Mirjam Snoerwang. 
A Eurocontrol, entidade responsável pelo tráfego aéreo europeu, declarou que os passageiros do aeroporto Schiphol, um dos mais movimentados aeroportos da Europa continental, tiveram de esperar até quatro horas e meia devido aos atrasos registados nos voos.

Alerta de nevões e condições perigosas


A agência meteorológica holandesa KNMI emitiu um alerta de nevões e condições perigosas para a condução em grande parte do oeste da Holanda, com congestionamentos crescentes em torno das grandes cidades de Amesterdão, Roterdão e Haia. 
A neve também forçou o cancelamento de cerca de 100 voos na Suíça, onde o aeroporto de Genebra foi encerrado durante a madrugada, mas reaberto ao meio da manhã. Voos foram também interrompidos em Zurique. 
Em Frankfurt, Alemanha, o segundo maior aeroporto da Europa, 470 voos foram cancelados durante a tarde, disse o porta-voz do aeroporto, Gunnar Scheunemann.  
O aeroporto teve de ser fechado durante cerca de uma hora na quinta-feira e cerca de 1000 passageiros ficaram retidos durante a noite. 
Cerca de 20 centímetros de neve cobriram a região de Frankfurt durante a noite, causando o encerramento de escolas nesta cidade e em Hesse. 

Engarrafamentos e acidentes na Alemanha


O aeroporto de Munique, o segundo maior da Alemanha, relatou 113 cancelamentos e atrasos, e Dusseldorf e Estugarda tiveram mais de 20 cancelamentos cada.
A Alemanha enfrentou grandes engarrafamentos e acidentes com feridos e mortos. 
O Reino Unido, Irlanda, Dinamarca e Itália também foram afetados pela neve, com atrasos em aeroportos, engarrafamentos, acidentes, atraso nos serviços de correio e escolas encerradas

30 Seconds to Mars

30 Seconds To Mars no Pavilhão Atlântico, Lisboa [texto+fotogaleria]

Dezoito mil pessoas (números da organização) para assistir a Jared Leto e companhia. Banda mostrou This Is War e rendeu-se ao público nacional. Veja as fotos.

30 segundos para marte

Foi um Pavilhão Atlântico muito bem composto que recebeu esta noite os norte-americanos 30 Seconds to Mars para um concerto que deixou a banda e o público completamente rendidos uns aos outros. Jared Leto e companhia fizeram a festa com balões vermelhos gigantes, confettis e todas as canções que os tornaram - com um cartaz dizia - um "culto" entre o público nacional. A grande maioria da audiência era composta por adolescentes (leia-se aqui no feminino) eufóricas, mas nem por isso deixámos de ver pais a acompanhar as filhas e namorados a juntar-se às namoradas nos coros cantados em refrão ruidoso.
Acabados de chegar à sala ribeirinha deparámo-nos com algo que marcaria toda a atuação dos 30 Seconds to Mars: a proximidade da banda com o público chega ao ponto de Jared Leto não ter problemas em descer à plateia para assistir à exibição, no ecrã gigante, do teledisco do mais recente single "Hurricane". Passou discreto a muitos, mas uma pré-adolescente sortuda conseguiu receber um carinho do cantor quando este decidiu que era tempo de voltar aos bastidores para se preparar para duas horas de espetáculo suado.
Prestes a completar 39 anos, Leto mostrou-se em topo de forma mas, para desconsolo das muitas meninas da plateia, não fez mais que, a dado momento, levantar a camisola para mostrar a barriga (e a histeria que foi). Quando às 21h10 as luzes se apagaram e se ouviu a bateria cavalgante de Shannon Leto, irmão de Jared, as vozes do público tornaram-se ensurdecedoras. Entre flashes, por trás do pano preto que cobria o palco, deu-se então início ao melodramático "Escape". Rápido, rápido o pano caiu para deixar a descoberto o simples cenário do palco - com o logo da banda em destaque - e um vocalista de cabelo azul (a condizer com o casaco de cabedal que envergava) ordenou a todos que saltassem. Ninguém se fez rogado. "Night of the Hunter", com a sua bateria épica, foi o tema que se seguiu, tal como acontece em This is War , o terceiro álbum que a banda anda a promover na estrada.

 
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"Take us to Mars" pedia um grupo no segundo balcão, em letras garrafais, e foi isso que a banda fez, recuando até ao segundo disco para apresentar o tema que lhe dá nome: "A Beautiful Lie". Para loucura da plateia, Leto pergunta "Como estão aí?". A resposta foi instantânea. No acelerado "Attack", também do segundo álbum, o cantor pediu que todos gritassem... Não era, obviamente, preciso. Os gritos eram muitos. "Search and Destroy" desponta então, com as suas guitarras "a la" U2, e "Vox Populi" leva - à luz de uma lanterna gigante com que Leto varre a plateia" - a multidão até "This is War", música de espasmos gritada a plenos pulmões. É então que os balões vermelhos são lançados sobre a plateia e empurrados até bem perto do palco: "É suposto atirarem os balões uns aos outros e não contra a banda", diz, divertido, o cantor, antes de perguntar "Já se estão a divertir?". A diversão chega aos píncaros quando Leto anuncia "Closer to the Edge", terceiro single de This is War recebido com punhos no ar.
Depois de um momento instrumental, "L490", protagonizado por Shannon Leto, o vocalista fica sozinho em palco para se atirar a versões acústicas de "From Yesterday", "uma canção especial para uma cidade especial" cantada com voz rouca a destilar charme sobre as fãs; "Alibi", com direito a muitos telemóveis a pintalgar o Pavilhão de luz; e ainda uma curta versão de "Bad Romance", da mesma Lady GaGa que há menos de uma semana subira àquele palco. A banda regressa finalmente para "The Kill", um dos maiores sucessos do projeto norte-americano. Leto mergulha então para o seu público e canta a andar sobre as grades. Com "The Fantasy" chega-se então ao final do corpo principal do espetáculo, com o vocalista a assumir: "Nunca me vou esquecer deste concerto", frase que levou com quase tanta histeria quanto aquela que Leto havia dito alguns momentos antes: "Este é o melhor concerto de toda a digressão".

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No encore, houve ainda tempo para os dois grandes singles de This is War . Primeiro chegou o drama de "Hurricane", com as suas teclas solenes, e depois "Kings and Queens", que levou o cantor a convidar dezenas de fãs para o palco. Isto após tirar uma foto do público (para colocar no Twitter) e de se deixar filmar para um vídeo que, mais tarde ou mais cedo, aparecerá no YouTube. "Temos a melhor família do universo aqui connosco. Obrigado, obrigado, Portugal" - é assim que Leto coloca um ponto final num espetáculo que, a avaliar pelas reacções, ficará não só na memória da banda mas também na do público lisboeta.

Roy Harper

O livro do amor-_Peter Gabriel

The book of love - Peter Gabriel (Ex Genesis)

O livro do amor é longo e chato
Ninguém consegue levantar o maldito
É cheio de gráficos e fatos e figuras
E instruções de dança
Mas eu
Eu amo quando você o lê para mim
E você
Você pode ler qualquer coisa pra mim
O livro do amor tem música dentro
Na verdade é dele que vem a música
Algumas delas são apenas transcendentais
Algumas delas são apenas bobas
Mas eu
Eu amo quando você canta pra mim
E você
Você pode cantar qualquer coisa pra mim
O livro do amor é longo e chato
E escrito a muito tempo atrás
É cheio de flores e caixas em forma de coração
E coisas que nós todos somos jovens pra saber
Mas eu
Eu amo quando você me dá coisas
E você
Você deve me dar alianças de casamento
Mas eu
Eu amo quando você me dá coisas
E você
Você deve me dar alianças de casamento
Você deve me dar alianças de casamento

John Grant & Midlake

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As mil e uma noites

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As Mil & Uma Noites

onta a lenda que na antiga Pérsia o Rei Shariar descobre que foi traído pela esposa, que tinha um servo por amante, o Rei despeitado e enfurecido matou os dois. Depois, toma uma terrível decisão: todas as noites, casar-se-ía com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenaria a sua execução, para nunca mais ser traído. Assim procede ao longo de três anos, causando medo e lamentações em todo o Reino.
Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro, a bela e astuta Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com a barbaridade do Rei. Todavia, para aplicá-lo, necessita casar-se com ele. Horrorizado, o pai tenta convencer a filha a desistir da ideia, mas Sherazade estava decidida a acabar de vez com a maldição que aterrorizava a cidade.
E assim acontece, Sherazade casa-se com o Rei.
Terminada a breve cerimônia nupcial, o rei conduziu a esposa a seus aposentos, mas, antes de trancar a porta, ouviu uma ruidosa choradeira. “Oh, Majestade, deve ser minha irmãzinha, Duniazade”, explicou a noiva. “Ela está chorando porque quer que eu lhe conte uma história, como faço todas as noites. Já que amanhã estarei morta, peço-lhe, por favor, que a deixe entrar para que eu a entretenha pela última vez!”
Sem esperar resposta, a jovem abriu a porta, levou a irmã para dentro, instalou-a no tapete e começou: “Era uma vez um mágico muito malvado...”. Furioso, Shariar se esforçou ao máximo para impedir a narrativa; resmungou, bufou, tossiu, porém as duas irmãs o ignoraram. Vendo que de nada adiantava sua estratégia, ele ficou quieto e se pôs a ouvir o relato de Sherazade, meio distraído no início, profundamente interessado após alguns instantes. A pequena Duniazade adormeceu, embalada pela voz suave da rainha. O soberano permaneceu atento, visualizando mentalmente as cenas de aventura e romance descritas pela esposa. De repente, no momento mais empolgante, Sherazade silenciou. “Continue!”, Shariar ordenou. “Mas o dia está amanhecendo, Majestade! Já ouço o carrasco afiar a espada!” “Ele que espere”, declarou o rei. Shariar se deitou e logo dormiu profundamente. Despertou ao anoitecer e ordenou à esposa que concluísse o relato, mas não se deu por satisfeito. “Conte-me outra!”,
  Sherazade com sua voz melodiosa começou a contar histórias de aventuras de reis, de viagens fantásticas de heróis e de mistérios. Contava uma história após a outra, deixando o Sultão maravilhado.
  Sem que Sheramin percebesse, as horas passaram e o sol nasceu. Sherazade interrompeu uma história na melhor parte e disse:
- Já é de manhã, meu senhor!

O rei interessado na história, deixou Sherazade no palácio para mais uma noite.
  E assim Sherazade fez o mesmo naquela noite, contou-lhe mais histórias e deixou a última por terminar. Sempre alegre, ora contava um drama, ora contava uma aventura, às vezes um enigma, em outras uma história real.
Dessa forma se passaram dias, semanas, meses, anos. E coisas estranhas aconteceram. Sherazade engordou e de repente recuperou seu corpo esguio. Por duas vezes ela desapareceu durante várias noites e retornou sem dar explicação, e o rei tampouco lhe perguntou nada.
Certa manhã ela terminou uma história ao surgir do sol e falou: “Agora não tenho mais nada para lhe contar. Você percebeu que estamos casados há exatamente mil e uma noites?” Um ruído lhe chamou a atenção e, após uma breve pausa, ela prosseguiu; “Estão batendo na porta! Deve ser o carrasco. Finalmente você pode me mandar para a morte!”.

Quem entrou nos aposentos reais foi, porém, Duniazade, que ao longo daqueles anos se transformara numa linda jovem. Trazia dois gêmeos nos braços, e um bebê a acompanhava, engatinhando. “Meu amado esposo, antes de ordenar minha execução, você precisa conhecer meus filhos”, disse Sherazade. “Aliás, nossos filhos. Pois desde que nos casamos eu lhe dei três varões, mas você estava tão encantado com as minhas histórias que nem percebeu nada...” Só então Shariar constatou que sua amargura desaparecera. Olhando para as crianças, sentiu o amor lhe inundar o coração como um raio de luz. Contemplando a esposa, descobriu que jamais poderia matá-la, pois não conseguiria viver sem ela.
Assim, escreveu a seu irmão e lhe propondo que se casasse com Duniazade. O casamento se realizou numa dupla cerimônia, pois Shariar esposou Sherazade pela segunda vez, e os dois reis reinaram felizes até o fim de seus dias.
Podemos concluir por essa história contada por Sherazade que, "A liberdade se conquista com o exercício da criatividade."

Dedicado a uma amiga

No instante seguinte

No instante seguinte
precisei refazer
o caminho de volta
enfiei-me novamente
pelos labirintos
tortuosos
obscuros
secretos
de minha alma
com suas portas
passagens
corredores
que se alongavam
ouvindo apenas
o ecoar
dos próprios passos
guiada somente
pela tua ausência.


=Vestall=

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Supertramp-logical song - by Roger Hodgson

 

A LÓGICA CANÇÃO
Quando eu era jovem,
Parecia que a vida era tão maravilhosa,
Um milagre,oh ela era tão bonita,mágica.
E todos os pássaros nas árvores,
Eles cantavam tão felizes,
Alegres,brincalhões,me olhando.
Mas aí eles me mandaram embora,
Para me ensinar a ser sensato,
Lógico,responsável,prático.
E mostraram um mundo
Onde eu poderia ser dependente,
Doente,intelectual,cínico.
Tem vezes,quando todo mundo dorme,
As questões correm profundas demais
Para um homem tão simples.
Por favor,me diga o que aprendemos
Eu sei que soa absurdo,
Mas por favor me diga quem eu sou.
Eu digo :
Agora cuidado com o que você diz,
Ou eles estarão te chamando de radical,
Liberal,fanático,criminoso
Você não vai assinar seu nome,
Gostaríamos de sentir que você é
Aceitável,respeitável,aprensentável,um vegetal !
À noite,quando todo mundo dorme,
As questões correm tão profundas
Para um homem tão simples.
Por favor,me diga o que aprendemos
Eu sei que soa absurdo,Mas por favor me diga quem eu sou.
Quem eu sou...

Pink Floyd

PINK FLOYD

Vocals

Outro mundo

 

Viajando no desagrado


Estranha regra
Brado de dor com leme de solidão
Num mundo já velho
Gasto de cansaço
Onde as crianças cantam
E brincam com instrumentos de morte
Não sei que fazer do meu olhar
Destes sentidos de pão de pedra
Perseguindo o rio da vida
Com praias de sonhos banhadas de perigos
E nas tardes
Que suspostamente pairaria a liberdade
Enquanto minha alma arde
Orfã da vida
Mendigado o próprio pão
A invernia de um só tempo surge
E derruba a construção
Matando todos os sonhos

by Jorge pereira

GLEE - cover mas com um bonito trabalho

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Bill Wyman

THE WHO

Martin Scorsese – Rolling Stones

ALVIN LEE

Carinhos da Amiga Mara Debrassi

 

Dois e Dois são Quatro
Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.

                                      Ferreira Gullar

 

 

  
A Dama do Lago
À vezes me sinto quase exausta
De ser este vulcão, esta torrente
De poemas, visões e vida fausta,
Derramada, liberta, transparente.
Tudo revelei, não por bravata,
E me doei generosa a este mundo
E ao Pampa, como água vem do fundo
Da fonte do meu poço da cascata
Aonde sinto deitarei como na cama
Pois aqui avistei-me como a Dama
Do Lago, que recolhe a bela espada
Que eu, como Arthur, me atirarei,
Cumprida a minha missão inusitada,
De volta ao mar de brumas como o rei...


Alma Welt


Beijo,
Mara

 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Martin Scorsese

Martin Scorsese Picture

Martin Scorsese

Producer | Director | Actor


After serious deliberations about entering the priesthood - he entered a seminary in 1956 - Martin Scorsese opted to channel his passions into film. He graduated from NYU as a film major in 1964. Catching the eye of producer Roger Corman with his 1960s student films (including co-editing Woodstock)... See full bio »

Born:
Martin Marcantonio Luciano Scorsese
November 17, 1942 in Queens, New York, USA

 

Martin Scorsese and Claudia Cardinale Still of Martin Scorsese in O Touro Enraivecido Winona Ryder and Martin Scorsese Martin Scorsese and Francesca Scorsese Still of Martin Scorsese and Spike Lee in Passadores

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