domingo, 26 de setembro de 2010

Machado de Assis

Grandes Brasileiros

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Conheça a vida desse ícone da literatura brasileira, que morreu em 29 de setembro de 1908

 

Esse grande brasileiro é considerado o maior nome da literatura do país de todos os tempos. Autor de romances, poesias e peças de teatro, além de crítico literário, Machado foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Filho do mulato Francisco José de Assis, e da imigrante Maria Leopoldina Machado de Assis, Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, e morreu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908.

De saúde frágil, epilético e gago, o menino foi criado no morro do Livramento e perdeu a mãe muito cedo. Sua madrasta, Maria Inês, foi quem o matriculou na escola pública, onde concluiu apenas a escola primária. Aprendeu francês com imigrantes da padaria do bairro onde morava.

Em 1855, publicou o primeiro trabalho literário, o poema “Ela”, no jornal Marmota Fluminense. No ano seguinte, tornou-se aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, onde conheceu Manuel Antônio de Almeida, que se tornou seu protetor. Em 1858 começou a trabalhar como revisor e colaborador do Marmota, e lá construiu o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias.

Em 1861 foi impresso seu primeiro livro, Queda que as mulheres têm para os tolos, mas seu nome aparecia apenas como tradutor. No ano seguinte, tornou-se censor teatral, cargo que não era remunerado, mas possibilitava ingresso livre nos teatros. Começou também a colaborar em O Futuro. O veículo era dirigido por Faustino Xavier de Novais, irmão de sua futura esposa, Carolina Augusta Xavier de Novais. Carolina revelou a Machado os clássicos portugueses e vários autores de língua inglesa.

Em 1863, o escritor lançou o Teatro de Machado de Assis, volume que se compõe de duas comédias, O Protocolo e O Caminho da Porta. Em 1872, foi publicado o primeiro romance de Machado, Ressurreição. No mesmo ano, o escritor iniciou a carreira de burocrata, que seria seu principal meio de sobrevivência durante toda a vida.

De 1881 a 1897, Machado escreveu inúmeras crônicas para o jornal Gazeta de Notícias. Em 1881 saiu também o famoso livro – Memórias póstumas de Brás Cubas, que ele publicara em folhetins na Revista Brasileira nos dois anos anteriores. Em 1882 lançou Papéis avulsos, sua primeira coletânea de contos.

Do grupo de intelectuais que se reunia na Redação da Revista Brasileira partiu a idéia da criação da Academia Brasileira de Letras. Machado apoiou o projeto desde o início e em 1897, ano que se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou por mais de dez anos.

Ao longo de sua carreira, Machado trabalhou como colaborador nos veículos Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, O Espelho, A Semana Ilustrada, Jornal das Famílias, O Cruzeiro, A Estação, O Globo, Gazeta de Notícias, além dos já citados.

A obra de Machado de Assis abrange vários gêneros literários. Seu estilo passa do romantismo, como em Crisálidas e Falenas, pelo indianismo em Americanas, e o parnasianismo em Ocidentais, até chegar ao realismo. O brilhante autor escreveu obras memoráveis, como Helena, Iaiá Garcia, Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro.

Em 1908 publicou seu último romance, Memorial de Aires. Na madrugada de 29 de setembro, morreu em sua casa, na Rua Cosme Velho, deixando um belo exemplo de determinação. O menino pobre terminava a vida como um baluarte da literatura nacional.

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