quinta-feira, 30 de maio de 2013

Chico Buarque - Ser Chico ou não ser?

 Todo homem em um determinado momento faz uma escolha, continuar comum ou virar rei. Chico é desses que foram coroados pelo povo, pela sua luta, musica e pelas mulheres!
Em uma interminável caminhada, nos presenteou com suas letras e presenteou as mulheres com seu amor, Chico é assim, simples com ar de nobre, conquistador com ar de revolucionário, sorte dele e sorte nossa.

Chico é bom para se ouvir com chuva, com sol, a noite, com dor de corno, ou fazendo amor loucamente. Entre um LP e outro podem-se confundir gestos, ideias, loucuras de um mero mortal idealista, com a ardente vontade de ter todas as mulheres em seus braços e abraços, sentir cada pedaço de seu corpo em seus acordes e cada acorde de seu violão ser como um açoite em nossa pobre alma, sedenta de amores vãos, amores por inteiro, amores feito com um pouco de Chico.

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Toda mulher deveria ouvir Chico e todo homem deveria em algum momento da sua vida, ter um certo ar de Chico. Engajado, amante, descompromissado com certos valores, amante da vida, das flores tão perfumadas disfarçadas de mulheres, e com palavras que certas vezes são espinhos na garganta da sociedade.

Impossível não confundir suas musicas, letras com o momento em que se vive, quem poderia dizer que “Construção, Vai trabalhar vagabundo, Cotidiano, O que será”, não é atual, não reflete nossas aflições, nossas preocupações com uma sociedade parcialmente corrompida, politicamente esfacelada. Mas as palavras de mudança não seriam as únicas que este plebeu considerado rei nos brindaria, como se não fosse o bastante, abriu seu coração para o amor e dele sairão versos e mais versos, verdadeiras obras de arte.

 

 

Se pode se considerar um batalhador por ideais, igualmente pode se dizer como o ultimo amante das mulheres brasileiras, aquele que consegue sentir a fina delicadeza de seus olhares, suas lutas e batalhas, a entrega de seus romances não poderia ser diferente da entrega de suas palavras. Imagino quantos amores sentidos para “Samba e amor, Futuros amantes, Sem compromisso, Menina, Virando mulher, Palavra de mulher” entre outras tantas igualmente viciantes, se tornar melodia.

 

Seu jeito tranquilo, seu ar de malandro misturado com sua nobreza, capaz de atrair mulher pacatas, mulheres batalhadores, pacificas e verdadeiras feras. Um homem que viveu e continua a viver para as mulheres, e como não se inspirar nas curvas, nos olhares e sorrisos de nossas mulheres, tão únicas e tão presentes no nosso dia. Essa entrega só poderia ter como resultado muita história, muita musica, muita luta e muito amor.

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Um livro aberto, um enciclopédia ambulante, com muitos outonos e primaveras, verões de amores intermináveis, de lutas que nunca hão de acabar em um país que insiste em nos fazer judiar o coração, a razão. Então volta e meia, dou-me ao luxo de uma taça de vinho, perco alguns minutos limpando o empoeirado disco, sento em uma velha poltrona e deixo Chico me lembrar que entre uma luta e outra a espaço para amores sem fim e repito para minha mente sem ninguém saber, hei! Hei! Hei! Chico é nosso rei.

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