terça-feira, 5 de abril de 2011

Warwick

 

É o elo comum entre Toyota, Cacharel e Outkast. Warwick Saint é o tiro certeiro quando grandes empresas ou celebridades precisam de uma campanha. Disputado talvez não seja a palavra adequada, mas sim desejado.

Warwick Saint

Para quem gosta de fotografia, seu site tem opções suficientes para passar um bom tempo navegando de galeria em galeria, foto em foto. Uma tarde inteira não é suficiente. Melhor dedicar-ser um pouco mais.

O currículo de Warwick Saint não apenas corre o risco de levantar um certo ar invejoso como faz com que ele seja desejado pelas melhores marcas, as pessoas mais famosas e os meios de comunicação de maior credibilidade do mercado. A exemplo disso basta somente citar alguns dos clientes de Warwick: Nike, Diesel, BMW, Dolce&Gabbana... E também as revistas Rolling Stone, Sports Illustrated Swimsuit, Interview, Dutch, L'Officiel, entre outras que estão atrás de seu trabalho. E isso só para citar alguns exemplos.

Nada pequeno, não? Bem, na lista de celebridades que já pousaram para eles há pelo menos uns 70 nomes. De Cate Blanchett a P. Diddy.

Warwick Saint

E entre fotografia de moda, propaganda, vídeos e celebridades há uma seção especial para os amantes de tatuagens. Esse fetiche, que já chegou a ser mal visto pela população e hoje é cultuado pela maioria das pessoas, pode ser admirado no corpo de belas mulheres fotografas por Saint.

Todas as fotos são feitas num contexto, mostrando mais do que bons desenhos; contanto histórias. Seu acervo na internet oferece 77 imagens subdividas por nomes como “Inked girls night out” ou “Badlands”.

E de suas fotos ao lado de Chloë Sevigny ou Drew Barrymore, às campanhas para Puma ou ao universo da tatuagem, vale contar como tudo começou na vida de um dos mais prestigiados fotógrafos da indústria.

Warwick Saint

“Warwick, esta é a próxima capa da revista Dutch.” E é com esta frase que, em 1999, o fotógrafo Warwick Saint entra de vez para o mercado. E não de uma forma qualquer, mas com 24 páginas em seu miolo e, claro, a capa. Grande estilo.

Se até as desventuras que por vezes ocorrem ao longo da vida ajudam a traçar o caminho, para chegar até o momento do encontro entre Saint e Matthias Vriens, o editor-chefe da Dutch, este texto fará uma breve menção à história do fotógrafo.

Ele cresceu na África do Sul, rodeado por moda, fotografia e design. Sua mãe era modelo e ora ou outra o levava aos estúdios. Seu pai, um designer gráfico de renome cem cuja companhia Warwick desenvolveu um olhar para estilo, cor e forma, segundo afirma sua mãe.

Warwick Saint

Aos 17 anos, seu pai morreu em um acidente de carro. Fora todo o choque que qualquer filho sente com a morte de seu pai, o efeito também se deu na escolha que Warwick faria para sua vida. No momento de dar continuidade aos estudos, ele optou pela fotografia, saindo da sombra do pai – como ele disse – e seguindo seu próprio caminho.

“Eu conhecia muitos fotógrafos, seguir essa área acabou sendo algo natural para mim.” Depois de formado em Filosofia e História da Arte, Warwick seguiu para Londres como assistente freelance.

Seis anos depois lá estava ele, de volta à África do Sul. Hora do tudo ou nada. Seis jornais semanais de Londres lhe pagaram para fotografar no continente africano. Uma verdadeira savana pelo preço da chuvosa e cinzenta Londres. Para os jornais, lhes saía bem mais barato.

Com dinheiro emprestado de seu tio, seu amigo estilista e dois elefantes africanos, ofereceram à Dutch um ensaio fotográfico. Foram três semanas na casa de férias de sua avó com a modesta equipe e duas câmaras fotográficas, até o seu encontro com o editor. Sorte a dele serem duas, já que uma não funcionou. E foi assim que o ensaio “Elephant Boy” lançou sua carreira.

Warwick Saint

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