segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Castidade

Castidade

Tens a alvura das flores da laranjeira
Perfume exalado de noivas virginais.
Teu porte de fidalga altaneira
Num corpo de desejos angelicais.
Meu verso descompassa em teu olhar
Transparente e puro como cristal.
Quer haurir o que prometes sem falar
Mas, emudece ante teu vulto de vestal
A chama sagrada que mantens acesa
Arde em minha poesia de forma velada
Tu, que és detentora de toda a realeza
Dá-me o céu sem dar-me nada.

-Helena Frontini-

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