sábado, 28 de novembro de 2009

'Se as minhas mãos pudessem desfolhar'

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Federico Garcia Lorca

2 comentários:

  1. Olá Jorge!
    Que lindo sse poema....amei

    (...)
    Amar-te-ei como então
    alguma vez? Que culpa
    tem meu coração?
    Se a névoa se esfuma,
    que outra paixão me espera?
    Será tranqüila e pura?
    Se meus dedos pudessem
    desfolhar a lua!!

    Parabéns pela escolha.
    bjss

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  2. Olá Jorge, obrigada pela tua visita, e pela ternura que deixou expressa em meu blog.

    Meus Beijos, com carinho.
    Helena

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