quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Som do silencio

 

O Som do silêncio

Olá escuridão, minha velha amiga,

Eu vim para conversar com você novamente,

Por causa de uma visão que se aproxima suavemente,

Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo,

E a visão que foi plantada em minha mente

Ainda permanece

Entre o som do silêncio

Em sonhos agitados eu caminho só,

Em ruas estreitas de paralelepípedos

Sob o halo de uma lamparina da rua,

Virei minha gola para (proteger do) frio e umidade

Quando meus olhos foram esfaqueados pelo flash de uma luz de néon

Que rachou a noite

E tocou o som do silêncio.

E na luz nua eu enxerguei

Dez mil pessoas talvez mais.

Pessoas conversando sem estar falando,

Pessoas ouvindo sem estar escutando,

Pessoas escrevendo canções que vozes jamais compartilharam

Ninguém ousou

Perturbar o som do silêncio.

"Tolos", digo eu, "vocês não sabem

O silêncio como um câncer cresce.

Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar,

Tomem meus braços que eu posso lhes estender."

Mas minhas palavras como silenciosas gotas de chuva caíram,

E ecoaram

No poço do silêncio

E as pessoas se curvaram e rezaram

Para o Deus de néon que elas criaram.

E um sinal faiscou o seu aviso,

Nas palavras que estavam se formando.

E o sinal disse "As palavras dos profetas

Estão escritas nas paredes do metrô

E nos corredores dos conjuntos habitacionais"

E sussurraram o som do silêncio

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